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Entenda por que timão prometeu "conversa diferente" se Guedes quiser sair

"Vontade dele vai pesar", prometeu Duilio ao contratar o atacante, que interessa a clubes sauditas


GE

Publicada em: 20/07/2023 11:27:29 - Atualizado

O Corinthians não tem intenção de vender Róger Guedes a Al-Hilal ou Al-Nassr, clubes da Arábia Saudita que demonstraram interesse nele. Porém, a vontade do atacante será decisiva para uma eventual saída caso as negociações avancem.

Ao contratar Róger Guedes, em agosto de 2021, o presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, explicou a transação e prometeu um tratamento especial ao jogador em caso de propostas no futuro.

– Se chegar lá na frente e for para recuperar o que ele abriu mão, o Corinthians vai estar disposto para uma conversa diferente do que seria com qualquer outra venda de atleta – disse Duilio, ao sportv, quatro dias após o anúncio do reforço pelo clube.

Essa "conversa diferente" quer dizer: o Corinthians tem contrato com o jogador até agosto de 2025 e poderia fechar a porta para qualquer oferta abaixo da multa rescisória (de valor não informado), mas vai ouvir Róger Guedes e os clubes interessados em tê-lo.

Em um momento importante da temporada e tendo Róger Guedes como destaque e artilheiro em 2023, o Corinthians promete se esforçar para manter o jogador. Por enquanto, Duilio diz não ter recebido ofertas formais.

– Sempre em nome da transparência: hoje a gente trouxe o atleta, daqui a um ano e meio, alcançando objetivos, ele (talvez) tenha uma proposta para sair. Se isso for muito interessante para ele e para o Corinthians também, é claro... mas a vontade dele vai pesar muito quando chegar esse momento porque ele abriu mão de muita coisa – explicou Duilio, em 2021.

Ao deixar o Shandong Taishan, da China, Róger Guedes concordou em pagar 700 mil euros (cerca de R$ 3,7 milhões na cotação atual). Ele também abriu mão de um alto salário, quase dez vezes maior do que o do Corinthians.

Em seu balanço, o Timão informou que gastou R$ 16,4 milhões para ter 40% dos direitos econômicos do atacante. Esse valor é pago parceladamente ao jogador ao longo do período de contrato.

– Ele abriu mão não só de R$ 6 milhões na rescisão na China, no período de contrato que ele tinha, mas também de propostas maiores que do Corinthians em termos de salário e principalmente em aquisição dos direitos. Um jogador livre você não tem aquisição dos direitos econômicos dele de um outro clube, mas o jogador normalmente é a hora que ele ganha dinheiro, acaba acertando com o clube, ganha luvas altas. No caso dele, os valores, as propostas que existiam para contar com ele, não só de salários, mas também para adquirir direitos econômicos eram muito grandes.

– É importante que a gente deixe claro também: o Corinthians conseguiu trazer esse atleta, conseguiu ter um percentual dos seus direitos, mas o jogador também ficou com grande parte dos direitos econômicos – comentou Duilio, há dois anos.


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