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porto velho, sábado 10 de maio de 2025
O golaço de Pedro que decretou a vitória do Flamengo sobre o Unión La Calera por 4 a 1, no Maracanã, foi o símbolo da disparidade técnica entre as duas equipes. Sua representatividade vai até além: mostra como o time carioca, livre, leve e solto, é capaz de momentos de encantamento em condições normais de temperatura e pressão.
A partida contra o time chileno, porém, mostrou também o outro lado: o risco de se perder pontos considerados fáceis quando a equipe não está completamente concentrada. Num período de cerca de 20 minutos no segundo tempo, por exemplo, o Flamengo quase complicou um jogo dominado, com uma vantagem de dois gols. A expectativa é de que isso sirva como uma lição para a sequência da competição.
Início sufocante
O time titular rubro-negro, tecnicamente, encontra pouquíssimos rivais na América do Sul. A equipe tem entrosamento, está confortável dentro do sistema de jogo trabalhado e possui jogadores capazes de desequilibrar nos momentos de dificuldade.
Neste cenário, o início do Flamengo foi sufocante: não deixou o assustado rival chileno sair do campo de defesa, controlou o ritmo e deu a impressão de que faria um gol a qualquer momento. Talvez essa conclusão tenha atrapalhado o time, que passou a oscilar à medida que percebeu que o La Calera ameaçava pouco.
Quando o Flamengo conseguiu tocar a bola, balançar a marcação chilena e encontrar espaços, os gols de Gabigol e Arrascaeta vieram naturalmente, sem precisar forçar tanto, em boas jogadas coletivas do setor ofensivo do Flamengo.