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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
"Você ganhar 10 jogos consecutivos, se não estiver bom... Não sei quando vai estar bom". As palavras proferidas pelo técnico Abel Braga na coletiva de imprensa após a vitória do Fluminense sobre o Millonarios por 2 a 0, em São Januário, pelo joga da volta da segunda fase da Pré-Libertadores, descrevem bem um dilema cabível a qualquer um que tente analisar de alguma forma o início de temporada tricolor.
Como ser capaz de criticar ou apontar defeitos em um time que chegou ao décimo triunfo consecutivo, algo que o clube só fez uma vez na história em jogos oficiais, em 1919, há mais de 100 anos? Sendo que nessa sequência, três vitórias foram em clássicos, outras duas em uma disputa de pré-Libertadores, com direito a um jogo na altitude de quase 2.600m de Bogotá.
Chega a parecer covarde e até vazio tentar encontrar alguma ponderação. Os números, neste caso, realmente falam por si só. Isto não representa um título, mas o Fluminense de Abel Braga, neste momento, tem a melhor sequência do futebol brasileiro.
Por mais que seja cedo, a solidez defensiva, a capacidade de desmontar defesas adversárias em momentos chaves e até mesmo "a sorte que acompanha os campeões" parecem caminhar lado a lado com o Flu até aqui.
Porém, necessito correr o risco de parecer clichê, ao me apegar ao discurso batido de que "a vitória não diz que está tudo certo, assim como a derrota não diz que está tudo errado" para fazer a seguinte observação: é notório que a formação utilizada por Abel sem valorizar o setor criativo se desenha um teste cardíaco para o torcedor.