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    porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024

Magoada, família de Pelé se cala diante do desprezo dos ídolos brasileiros ao velório

O mundo repercutiu a falta de consideração dos tetra e dos pentacampeões mundiais.


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Publicada em: 06/01/2023 10:51:27 - Atualizado

Passaram-se dois dias do enterro de Pelé, e Kaká deu sua "resposta" às críticas que recebeu.

Quando se completaram sete dias do falecimento.

Foi longa a resposta: ele se desculpou com Ronaldo, a quem se referiu, no canal inglês BelN Sports, como só "um gordo qualquer" no Brasil.

E disse que sua frase "brasileiros não valorizam seus ídolos" foi tirada do contexto.

E um dos maiores ídolos da história moderna do futebol brasileiro.

Faz parte de estranha coincidência que uniu os pentacampeões, que não foram à Vila Belmiro dar adeus ao maior personagem do futebol mundial e que nasceu no Brasil.

Dos 23 jogadores convocados por Felipão, e mais o então capitão Emerson, cortado às vésperas do Mundial, nenhum apareceu.

Nada de Cafu, Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos.

Nem Scolari.

De 1994, dos 22 convocados, apenas Mauro Silva, que também é vice-presidente da FPF, esteve no velório. Nada de Romário, Bebeto, Dunga. Parreira também não foi.

Nenhum deles joga mais futebol.

Rogério Ceni trabalha no São Paulo. Dida é preparador de goleiros no Milan.

Além da coincidência de os campeões de 1994 e 2002 não terem ido à Vila Belmiro, vários deles se comunicam em grupos de WhatsApp. Ou seja, saberiam quem iria e quem não iria dar adeus a Pelé.

Também, por coincidência, lógico, Pelé criticou a seleção de 1994 e a de 2002 antes dos Mundiais. Apostando na Colômbia, nos Estados Unidos, e na França, no Japão.

O fato de ninguém aparecer levou muitos dos 1.200 jornalistas credenciados para o velório a pensarem que seria retaliação pelas críticas.

Mas deve ter sido "apenas coincidência", e muitos repórteres de 31 países, que estavam em Santos para cobrir o velório e ouvir os ídolos brasileiros, "imaginaram coisas".

Estudiosos de redes sociais garantem que a média para uma postagem — por exemplo, no Instagram — é de quatro minutos.

Para escolher a foto e escrever uma mensagem "emocionada".

Foi o que optou por fazer a maioria desses 45 jogadores.

Lembrando que vários deles têm assessores de imprensa, que poderiam gastar esses preciosos quatro minutos e postar nas redes de seus patrões.

A família de Pelé foi digna, elegante, não se queixou de quem não teve disposição de dar adeus ao homem que revolucionou a história deste país. E que libertou os jogadores, quando foi ministro extraordinário dos Esportes, no governo de Fernando Henrique Cardoso, ao acabar, de vez, com a lei do passe.

O filho Edinho e a filha Kelly agradeceram pela presença do pai de Neymar.

Nem uma palavra aos que não foram.

Mas jornalistas de Santos, próximos a parentes de Pelé, garantiram ao blog.


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