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    porto velho, domingo 6 de outubro de 2024

Vitória arrasadora do Flamengo expõe ainda mais o novato Lázaro no Corinthians

Maracanã e o estádio Nabi Abi Chedid nunca estiveram tão unidos.


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Publicada em: 16/01/2023 10:00:12 - Atualizado


Maracanã e o estádio Nabi Abi Chedid nunca estiveram tão unidos.

Os reflexos do que aconteceu com o Flamengo e com o Corinthians tiveram impacto direto na diretoria de Duilio Monteiro Alves.

A estreia de Vitor Pereira e de Fernando Lázaro mostrou uma incômoda distância tática, postura e intensidade dos dois clubes mais populares do Brasil.

O fraquíssimo futebol corintiano diante do Red Bull Bragantino, que obrigou Cássio a três estupendas defesas e ainda a assistir, desesperado, a uma bola beijar o seu travessão, antes do gol de Arthur, que decretou a merecida derrota, contrastou com o que aconteceu no Rio.

O adversário, a Portuguesa da Ilha do Governador, era um adversário muito mais fraco, sem dúvida, mas a postura do Flamengo foi empolgante, vibrante, imponente. Com sua estratégia definida, bem ao contrário do instável time nas mãos de Dorival Junior, cuja simplicidade tática já não funcionava no fim de 2022, mesmo com o melhor elenco do Brasil.

A vitória rubro-negra por 4 a 1 foi tímida só no placar. O futebol foi imponente para o time marcar pelo menos mais três vezes.

O que aconteceu no Rio de Janeiro e em Bragança trouxe à tona a diferença de uma equipe comandada por um treinador novato, que está dividindo o poder com veteranos, e outro vivido, rodado, acostumado a dominar elencos recheados de estrelas.

O que dói em Duilio é que o comandante do Flamengo é o técnico que traiu a sua confiança, virou as costas ao Corinthians e a ele, a quem chamava de "irmão".

E também sua resposta, que muitos membros da diretoria e do conselho deliberativo consideraram precipitada, sem sentido. Entregar o cargo a Fernando Lázaro, interino de apenas sete partidas.

O técnico português continua sendo chamado por membros da diretoria de "traidor". Mas ele tem 20 anos de experiência como comandante de uma equipe.

Fernando Lázaro já comete um erro previsível para quem acompanha o dia a dia do Corinthians. Tentar acomodar os jogadores, fazer com que atuem onde gostam. Isso muitas vezes não é possível e prejudica o próprio time.

Róger Guedes, um dos jogadores que mais reclamam no país e que se dava muito mal com Vítor Pereira, teve seu desejo atentido em Bragança. Jogou mais centralizado, não como ponta-esquerda. O mesmo acontecia pela direita, com Moraes, que outra vez foi mal demais.

No meio-campo, Fausto Vera na frente da zaga, Du Queiroz pela direita, Maycon na esquerda e Giuliano mais à frente. O Red Bull Bragantino do também português Pedro Caixinha não tomou conhecimento dessa estrutura tática espaçada, antiquada, que talvez funcionasse com Tite, em 2012. Não dez anos depois.

Com um variável 4-3-3, o Red Bull pressionou a saída de bola corintiana, com personalidade. Criou várias chances para golear. A derrota por apenas 1 a 0 foi injusta, diante do futebol agressivo e muito bem coordenado.




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