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porto velho, quarta-feira 17 de setembro de 2025
RONDÔNIA - Rondônia perdeu uma área equivalente a 2,2 mil hectares de floresta nativa em março de 2023. O desmatamento é 450% maior do que a quantidade registrada no mesmo período do último ano, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Entre os nove estados da Amazônia Legal, Rondônia teve o segundo maior aumento na destruição da floresta, atrás somente do Amazonas, onde o desmatamento calculado foi 766% maior.
Outro dado negativo no estado é com relação às Unidades de Conservação: dentre as 10 mais desmatadas de toda Amazônia Legal, quatro estão localizadas em Rondônia.
No total, as Unidades de Conservação do estado perderam uma área correspondente a 370 campos de futebol. São elas:
Tanto a Resex Jaci Paraná, quanto o Parque Estadual Guajará-Mirim passaram por uma tentativa de redução dos seus territórios.
Em 2021, uma lei de autoria do governo de Rondônia, que estabelecia a redução de 80% da Resex e 22% do Parque Estadual, foi aprovada na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO). A norma foi declarada inconstitucional em novembro de 2021.
Em fevereiro deste ano, a ALE-RO informou que ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar a inconstitucionalidade da lei que alterou os limites das Unidades de Conservação.
Segundo os dados do Imazon, a Amazônia Legal perdeu 867 km² de mata nativa nos três primeiros meses de 2023. Essa é a segunda maior marca de desmatamento da área em 16 anos. A primeira foi registrada em 2021, quando foram derrubados 1.185 km² de floresta de janeiro a março.
Apenas em março de 2023, a destruição foi de 344 km²: um aumento de 180% com relação ao mesmo período de 2022. Os estados mais desmatados - por ordem do maior para menor - são: