PORTO VELHO-RO: Parece coisa de filme, mas não é! A atuação de quadrilhas identificadas como “piratas” vem se intensificando de maneira alarmante contra embarcações que utilizam a Hidrovia do Madeira, o motivo seria a percepção dos bandidos de que a área está desprotegida o suficiente para as ações criminosas.

Situada no setor estratégico conhecido como Corredor Logístico Norte, a Hidrovia do Madeira percorre onze municípios entre Rondônia e Amazonas. Além das cargas agrícolas do Centro Oeste brasileiro, transporta aparelhos tecnológicos e itens de consumo para os moradores dessas regiões.

De acordo com a Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária – FENAVEGA, o prejuízo anual da atuação dos piratas na Hidrovia do Madeira ultrapassa os R$ 100 milhões, o maior volume de perda é no transporte de combustível, isso, fora o ouro extraído aos baldes, grande maioria de forma ilegal, das areias do rio.

As ações dessas quadrilhas estão cada vez mais ousadas, e a consciência de que não há policiamento ostensivo por toda a região.

A falta de modernização na estrutura das forças policiais dos estados de Rondônia e Amazonas tornam o policiamento durante toda a extensão da hidrovia uma missão quase impossível. Muitos jovens de comunidades ribeirinhas são aliciados para integrar essas quadrilhas, que possuem armamentos pesados como fuzis.

A ausência de uma Guarda Costeira nessa região também potencializa o problema, já que a Marinha do Brasil faz questão de atuar como uma força naval de guerra e de patrulhamento, algo que claramente não está freando os piratas do Madeira.

Assim as ações criminosas seguem, levando prejuízo e medo as comunidades que vivem ao longo do rio Madeira.