PORTO VELHO-RO: Apresentado pelo advogado e jornalista Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo, da Rádio Caiari, 103,1,  recebeu nesta terça-feira (19), o primeiro Reitor da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Dr. Euro Tourinho Filho, para falar  sobre a sua trajetória profissional e de vida, e os comparativos entre o passado e presente de Rondônia.

Estudante do extinto colégio Dom Bosco, Euro Tourinho teve a sua juventude vivida na cidade de Porto Velho dos anos 50 como pano de fundo, já que sua família chegou  aportou por aqui no ano de 1944. Ele também passou pelas tradicionais escolas Barão dos Solimões e Duque de Caxias.

Formado em engenharia agronômica, Euro Tourinho foi convidado para ser o primeiro reitor da UNIR a pedido na época do então govenador militar do estado, Coronel Jorge Teixeira. Mas, Tourinho lamenta os rumos atuais da universidade.

“Quando foi criado o Estado eu pedi uma audiência com o governador Jorge Teixeira, e essa reunião durou mais de duas horas e saí com a UNIR criada. Hoje, desviaram o rumo da UNIR, virou uma bagunça, nós tínhamos uma forma de administrar com muita seriedade, criamos profissionais competentes e socialmente viáveis, e hoje não é o que nós vemos”, disse Euro Tourinho Filho.

Tourinho disse que a ideologia partidária tomou conta das universidades do país, tirou o foco de seu objetivo e tudo está virando uma grande baderna. "O que ouvimos falar é de alunado fumando maconha em plena unidade, desrespeitando professores e esquecendo de seu mister como formador de opinião", enfatizou.

Instado a falar sobre o prédio da Universidade Federal de Rondônia-UNIR que está deteriorado, reclamou "No meu tempo aquela edificação era um brinco e, hoje, todo mundo está vendo a situação a que chegou".

Euro Tourinho também falou sobre o seu ponto de vista em relação ao atual momento administrativo que o país vive. De acordo com ele, a situação política brasileira está intrincada e muita coisa tem que ser explicada pelos gestores da nação.

Aproveitou para criticar o governo Lula que, para ele, faz uma gestão sem sintonia com os reclames populares, sem contar com gastos excessivos de viagem e pagamento com cartões corporativos. "Hoje o país está de pernas para o ar, financia ditaduras no mundo, leva calote e os brasileiros acabam pagando a conta",  reclamou.

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