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    porto velho, sábado 13 de setembro de 2025

“É preciso psicólogos nas portas de entrada do SUS”, afirma Dra. Vilma Pereira, professora da UNIR

Para a Dr. Vilma, as políticas públicas são de suma importância na prevenção do suicídio, já que muitas vezes as pessoas preferem...


REDAÇÃO

Publicada em: 06/10/2023 09:44:14 - Atualizado

PORTO VELHO-RO: Apresentado pelo advogado e jornalista Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo recebeu nesta quinta-feira (5) a psicóloga e professora Vilma Pereira, que é coordenadora do observatório de violência da Universidade Federal de Rondônia – UNIR.

De acordo com Vilma, o observatório é um grupo de pesquisa que existe desde o ano de 2012 e acompanha as motivações da sociedade no que diz respeito à saúde mental da população frente aos números de violências registrados em nossa região.

“Nesse momento o que tem sido mais preocupando para a gente é o aumento do suicídio. A gente vem percebendo que tem havido algum esforço no sentido de aumentar os diagnósticos de pessoas que tentaram o suicídio, porque a gente precisa disso para que seja necessário um trabalho mais amplo de nossos pesquisadores”, disse Vilma Pereira.

Para a Dr. Vilma, as políticas públicas são de suma importância na prevenção do suicídio, já que muitas vezes as pessoas preferem não procurar ajuda ou falar da dor que sente por conta do preconceito.

“Há um desrespeito muito grande para com a saúde mental das pessoas com quem a gente convive, são questões muito sensíveis. Os profissionais de psicologia precisam atender em todas as portas de entrada do sistema público de saúde”, falou Vilma Pereira.

A importância da participação do Estado na questão da prevenção do suicídio é um ponto que a Dra. Vilma Pereira faz questão de salientar, já que de acordo com ela após a pandemia o ser humano passou por traumas que ainda estão sendo sanados. “O Governo passa, mas a gente quer que isso seja uma questão de Estado”, disse.

Dialogo, proximidade, conhecimento das emoções, são alguns dos pontos indicados pela Dra. Vilma como meios de identificar esse problema dentro das famílias. Porém, ela deixa claro que as famílias também precisam ser atendidas pelo Estado para tratar de forma conjunta a saúde mental de todos.

“É preciso um compromisso ético para com a vida, para com a paz, com a liberdade de existir, porque na hora que a gente estabelece uma relação de respeito é provável que a gente dê um passo para as relações mais harmônicas”, finalizou a Dra. Vilma Pereira.


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