Fundado em 11/10/2001
porto velho, sexta-feira 9 de maio de 2025
Para a astronauta brasileira Laysa Peixoto, encontrar vida em outros planetas é só uma questão de tempo. Ela participou de um painel na CCXP23 Unlock – uma edição especial e exclusiva para convidados da Comic Con Experience – e falou sobre seu trabalho na NASA L’SPACE Academy.
Aos 19 anos, Laysa Peixoto se tornou a primeira brasileira a comandar uma equipe da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos – a NASA. Atualmente, ela atua na academia do órgão onde desenvolve tecnologias para explorar o espaço, como a fã de “Star Trek” que ela é, além de passar por treinamento para se tornar a primeira mulher brasileira a ir para o espaço.
“Eu, pessoalmente, acredito muito na possibilidade de vida inteligente no universo”, explica. “Já a Laysa cientista acredita que estamos mais próximos de encontrar vida, qualquer tipo, até inclusive tipos de vida que não conseguimos identificar até o momento”. De acordo com ela, existem diversas formas de vida no espaço – diferente da ideia de “forma de vida inteligente” que nos apegamos nos filmes e séries de ficção científica que abordam aliens.
“Tem sido muito rápida a descoberta por planetas e temos identificado água [nesses planetas], que é essencial para a vida. Acredito até que vamos encontrar vida em Marte nas próximas expedições”, continua.
Ao comparar com produtos da cultura pop, ela é fascinada por Duna pois o universo criado na saga “se parece” com o que astrofísicos e astrônomos tem encontrado: planetas com características completamente diferentes. “Isso é realmente uma realidade. Existe uma grande possibilidade de planetas completamente cobertos por água”, explica Laysa.
Laysa de fato se envolveu com astronomia e astrofísica em 2020, após ter uma aula com Andrea Ghez, nobel da física daquele ano após pesquisa sobre buraco negro.
Com a história dela, vi que tinha caminho para a minha história”, contou Laysa.
Para aumentar o espaço de mulheres na área de astronomia e astrofísica, majoritariamente composta por homens, a astronauta brasileira acredita que primeiro é necessário mudar a representação desses cientistas no cinema e na TV. Eu acredito que precisa ter mais representação de mulheres nos filmes de ficção científica, como cientistas e navegadoras”, justifica.
Além disso, segundo Laysa, é necessário trabalhar em programas e projetos que fomentem o conhecimento sobre a história de mulheres que já marcaram a ciência. “Muitas mulheres cientistas tiveram suas histórias apagadas”, explica, “é importante para uma criança um adolescente ver que uma pessoa como ele conseguiu chegar num lugar alto”.