Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: Rondônia enfrenta um cenário alarmante com a iminência de uma seca recorde que já impacta fortemente a região, especialmente a capital, Porto Velho. Em apenas 15 dias, o nível do rio Madeira baixou três metros, alcançando uma área de risco que pode resultar na proibição da navegação noturna ainda esta semana.
A situação é crítica e ameaça diversas atividades econômicas. A Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero) expressa grande preocupação com os efeitos da crise hídrica na produção e no abastecimento. Conforme a entidade, “a Fiero busca mobilizar o setor, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para enfrentar essa situação, pois teme que a crise hídrica resulte em sérios impactos para as indústrias do Estado, que dependem do rio Madeira para o transporte de matérias-primas e produtos acabados. Além disso, a redução drástica no nível das águas compromete também a geração de energia, a navegação, e o abastecimento de água, combustíveis e mantimentos na região”.
Marcelo Thomé, presidente da Fiero e vice-presidente da CNI, destaca a urgência de medidas estratégicas: “Diante dos efeitos da seca iminente, é importante investir em infraestrutura e aprimorar as hidrovias, além de expandir alternativas logísticas de maneira consciente e ecologicamente viável, visando mitigar perdas generalizadas. É essencial desenvolver estratégias abrangentes de adaptação à seca que englobem toda a sociedade e economia local. Fortalecer empresas para evitar desemprego, apoiar a bioeconomia e promover negócios sustentáveis”, defende.
A mobilização de diferentes setores é crucial para enfrentar essa crise hídrica e minimizar seus impactos, garantindo a sustentabilidade e a continuidade das atividades econômicas em Rondônia.