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    porto velho, sábado 23 de novembro de 2024

Eleições 2024, um laboratório para eleições 2026, por ex-deputado Jair Montes

As eleições municipais são frequentemente vistas como um espaço de teste para candidatos...


Jair Montes

Publicada em: 18/09/2024 10:20:47 - Atualizado

PORTO VELHO-RO: A análise política do cenário em Rondônia para as eleições municipais de 2024 e as implicações futuras para 2026 revela um campo dinâmico, repleto de oportunidades e desafios para os políticos locais. A frase “renovação e ostracismo político” resume bem a dualidade enfrentada por muitos candidatos que navegam entre a busca por novos horizontes e o risco de serem deixados de lado no jogo político. Vamos abordar os principais pontos desta análise:

1. O Ciclo das eleições municipais como "laboratório"

As eleições municipais são frequentemente vistas como um espaço de teste para candidatos a cargos mais elevados. A experiência de políticos que transitam entre mandatos, com candidaturas a prefeitos, é conhecida. No entanto, o teste nem sempre resulta em sucesso; há muitos casos de deputados estaduais que não conseguiram se reeleger após uma tentativa na prefeitura, evidenciando que nem sempre a experiência se traduz em votos.

2. Candidatos em ascensão e potenciais líderes

A força de nomes como Afonso Candido, candidato à prefeitura de Ji Paraná, indica que candidaturas ousadas podem resultar em vitória ou, se não vitoriosas, em capital político para futuras pretensões. Além disso, a lista de potenciais reeleitos — desde Adailton Fúria, Jurandir Oliveira, Aldo Júlio, Delegado Flori até outros nomes mencionados — sugere que novos líderes estão em ascensão e poderão ser influentes nas eleições de 2026, reforçando a ideia de continuidade e renovação nas candidaturas.

3. Desafios da nova geração de candidatos

Candidatos como Célio Lopes e a juíza Euma Tourinho estão surgindo como novas vozes no cenário político, apresentando campanhas com ética e respeito, o que pode conquistar um eleitorado fatigado por práticas anteriores. A evolução de Célio Lopes, com intenções de voto já significativas, ilustra uma possibilidade de transição para cargos mais altos, caso consiga mudar de sigla. Da mesma forma, Euma Tourinho, precisando interromper o ciclo no MDB, poderá ampliar sua influência política, embora necessite demonstrar características que a tornem mais palatável aos eleitores e colegas.

4. Ascensão de lideranças tradicionais

O exemplo de Maurício Carvalho aponta para a continuidade do legado político, mas também para a possibilidade de liderança emergente. A construção de alianças e um grupo político robusto pode proporcionar resultados significativos em 2026, refletindo uma mudança nas estruturas de poder em Rondônia.

5. Ostracismo: Aprendizado e risco

O caso do “20” ilustra o risco do ostracismo e como a ambição desenfreada pode levar à queda. Sua trajetória é uma advertência sobre a importância de avaliar o cenário político e a capacidade de se firmar em um ambiente competitivo e em constante mudança. O fato de que sua base de apoio se reduziu a um pequeno grupo indica fragilidades que poderão comprometer suas futuras candidaturas.

Em suma, o ambiente político em Rondônia em 2024 está repleto de oportunidades para alguns e riscos para outros. A renovação política será impulsionada tanto por novos candidatos quanto por aqueles já estabelecidos que conseguirão se adaptar às demandas do eleitorado.

A capacidade de navegar entre alianças, mostrar resiliência diante do fracasso e articular propostas que envolvam a população será fundamental para determinar quem se destaca nas eleições municipais e nas eleições estaduais de 2026. O jogo político exigirá não apenas estratégias eficazes, mas também uma apreciação das nuances e movimentos do cenário político local.


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