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    porto velho, sábado 23 de novembro de 2024

Mulheres ganham 21,5% a menos que homens em Rondônia, aponta MTE

Levantamento revela desigualdade salarial entre homens e mulheres no estado, com destaque para disparidades raciais e de cargos de liderança...


MTE

Publicada em: 27/09/2024 14:59:13 - Atualizado

Foto: Reprodução

RONDÔNIA: Um estudo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério das Mulheres aponta que, em Rondônia, as mulheres ganham em média 21,5% menos que os homens. 

Enquanto a remuneração masculina no estado é de R$ 3.104,35, as mulheres recebem R$ 2.437,24. Os dados foram apresentados no 2º Relatório de Transparência Salarial, que analisou informações de 273 empresas com mais de 100 funcionários, conforme a Lei nº 14.611/2023, que visa promover a igualdade salarial entre homens e mulheres que desempenham funções equivalentes.

O relatório destaca que a desigualdade salarial no estado é mais acentuada em cargos de liderança. Dirigentes e gerentes mulheres recebem 28,2% a menos do que seus pares masculinos. No primeiro levantamento, realizado em março, a diferença já era significativa, com as mulheres recebendo em média 79,7% dos salários dos homens.

Além da disparidade de gênero, o relatório também revela desigualdades raciais. Mulheres negras, que representam um grupo majoritário no mercado de trabalho em Rondônia, ganham em média 10,7% menos que mulheres não negras. Entre os homens, a diferença salarial entre negros e não negros é de 13,6%.

O estudo também verificou a adoção de políticas de igualdade por parte das empresas. Em Rondônia, 56,8% das empresas possuem planos de cargos e salários, 40,6% adotam políticas de incentivo à contratação de mulheres, e apenas 15,5% incentivam a contratação de mulheres LGBTQIAP+. No âmbito nacional, a desigualdade de gênero e raça também é evidenciada. As mulheres ganham, em média, 20,7% menos que os homens no Brasil.

Empresas que não divulgarem os relatórios até 30 de setembro estão sujeitas a multa, além de precisarem apresentar planos para mitigar as desigualdades detectadas. As informações completas estão disponíveis no Portal Emprega Brasil, onde funcionários também podem denunciar discriminação salarial.


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