Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 23 de dezembro de 2024
BRASIL: A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, compareceu à Câmara Federal nesta última quarta-feira (16), para prestar esclarecimentos sobre o que foi realizado para combater as queimadas e a crise climática no Brasil.
Sobre o estado de Rondônia, a ministra afirmou que não recebeu apoio do governador Marcos Rocha (UNIÃO) nas ações de enfrentamento às queimadas, onde, de acordo com ela, os brigadistas enviados pelo Ministério do Meio Ambiente foram recebidos à bala.
"Nós tivemos que chamar a Força Nacional para eles entrarem, em alguns casos colocaram os brigadistas para correr na bala. Eu sou vizinha do estado de Rondônia, não tivemos o apoio da estrutura do Estado", disse Marina Silva.
A ministra ainda afirmou que o estado de Rondônia possui um histórico de invasão das áreas da União e do Estado, onde, de forma "hipócrita", é solicitado a regularização dessas terras ao Estado, o que gera um ciclo de destruição da floresta amazônica. Marina afirmou que a Polícia Federal irá descobrir os envolvidos nesses esquemas dentro do Estado.
"A polícia está investigando quem tocou fogo na floresta. Rondônia conta com uma demagogia de fazer regularização fundiária em áreas invadidas. Nós vamos descobrir quem são os criminosos e seus correlatos", garantiu Marina Silva.
Por fim, a ministra ainda falou sobre a pavimentação BR-319, ao qual ela se posiciona contrária. De acordo com ela, em seu primeiro ministério, ela afirmou que a construção das barragens levaria a graves problemas ecológicos em Porto Velho, o que, segundo ela, ficou constatado anos depois.
"Eu disse que não era para construir as barragens quando fui ministra pela primeira vez, agora, o preço pago é muito alto. Historicamente, Rondônia fica coberta de fumaça, é o estado da Amazônia que mais desmata, tira madeira de terra indígena e ainda conta com um estímulo e demagogia de muitos, que após invadirem as áreas, querem regularizar em prejuízo da União e dos povos indígenas", finalizou Marina Silva.