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porto velho, quarta-feira 13 de novembro de 2024
BRASIL: A Comissão de Educação do Senado realiza, nesta terça-feira (12), uma audiência pública para discutir a “educação midiática”, principalmente com relação ao uso de celulares nas escolas. A ação ocorre após o MEC (Ministério da Educação) anunciar que prepara um projeto para vetar os aparelhos nas salas de aula. O requerimento para realização do encontro é de autoria do presidente da comissão, senador Flávio Arns (PSB-PR).
Em outubro deste ano, a Comissão de Educação da Câmara aprovou um projeto que proíbe os aparelhos nas escolas.
Confirmaram a presença na audiência os seguintes convidados: Ana Úngari dal Fabbro, coordenadora-geral de tecnologia e inovação da educação básica do MEC; Fabiane Bitello Pedro, vice-presidente da região Sul da UNCME (União dos Conselhos Municipais de Educação); Ricardo Tonassi Souto, presidente do Foncede (Fórum Nacional de Conselhos Estaduais de Educação); e Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta.
A comissão ainda aguarda a confirmação da presença de dois convidados, sendo: Ticiana Santiago de Sá, doutora em educação e especialista em psicologia do desenvolvimento da aprendizagem; e um representante do CNE (Conselho Nacional de Educação).
Conforme mostrou o R7, uma pesquisa da Nexus mostrou que 86% dos brasileiros apoiam alguma medida para controlar o uso de celulares em escolas. O levantamento mostra que 54% dos entrevistados são a favor da proibição total, enquanto 32% defendem a limitação parcial, com uso apenas em atividades didáticas nas quais o aparelho sirva como ferramenta pedagógica.
Para o estudo, foram consultadas 2.010 pessoas com idade a partir de 16 anos. Desses entrevistados, 89% têm entre 16 e 24 anos. Foi identificado pelos pesquisadores que essa faixa etária é a que mais apoia a restrição. Cerca de 46% consideram a proibição total dos aparelhos algo positivo, e 43% apoiam o uso parcial.
Na pesquisa, foi observada uma tendência de apoio à proibição dos celulares entre pessoas de renda mais alta. Somente 5% dos entrevistados que possuíam renda acima de cinco salários mínimos discordaram da possibilidade de restringir o uso dos aparelhos dentro das instituições de ensino. Entre os 54% dos brasileiros que defendem a limitação total, 67% são pessoas com renda alta.