• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, segunda-feira 6 de janeiro de 2025

Ampliando oportunidades, governo federal anuncia 112 mil novas vagas para o Fies em 2025

As vagas serão oferecidas em duas etapas: 67 mil no primeiro semestre e 44 mil no segundo...


G1

Publicada em: 03/01/2025 17:27:36 - Atualizado

Foto: Reprodução

BRASIL: O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (2), a oferta de 112 mil novas vagas para o Fies - Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior.

As vagas serão oferecidas em duas etapas: 67.301 no primeiro semestre e 44.867 mil no segundo. O MEC vai investir R$ 774 milhões.

Para conseguir o financiamento, o candidato não pode ter tirado zero na redação e deve ter tirado no mínimo 450 pontos no Enem.

Em 2024, a oferta de vagas do Fies foi do mesmo tamanho, mas foram assinados pouco mais de 43 mil contratos de financiamento, menos de 40% das vagas e abaixo do número contrato firmados em 2023.

Esses números incluem o Fies Social, criado em 2024. A modalidade destina 50% das vagas para alunos inscritos no CadÚnico, com renda per capita de até meio salário mínimo.

O Fies Social também inclui cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.

Além da sobra de vagas, o Fies enfrenta a inadimplência. As parcelas atrasadas passam dos R$17 bilhões, mesmo com renegociação da dívida oferecida pelo governo.

O programa Desenrola Fies permite negociar as dívidas e teve a adesão de mais de 383 mil estudantes em 2024, recuperando quase R$ 800 milhões.

O professor de Economia da FGV, Renan Pieri, considera que o programa não está adequado à realidade do país e que o governo precisa procurar um novo ponto de equilíbrio entre a oferta de vagas e a procura dos estudantes.

"Acho que o governo precisa parar e analisar o programa como um todo, as regras, principalmente, o público-alvo, as regras para pagar, a questão das negociações para quem está inadimplente e redimensionar tudo isso na realidade atual do país. A realidade financeira das famílias mudou, a gente tem um endividamento muito alto, tudo isso faz com que o governo tenha que parar e pensar melhor o desenho do programa." Em nota, o MEC informou que, embora exista uma percepção de baixa ocupação, os dados indicam que a demanda pelo programa ainda é relevante e as áreas técnicas trabalham para enfrentar desafios relacionados a questões como acesso às informações, condições de oferta e elegibilidade, de modo a potencializar a ocupação.


Fale conosco