PORTO VELHO-RO: A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, de suspender o repasse de emendas parlamentares para universidades estaduais gerou forte reação entre professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir). A medida, anunciada nesta terça-feira (1°), atinge instituições de ensino superior em oito estados, incluindo Rondônia, e compromete recursos que seriam destinados a projetos acadêmicos e de apoio.

A suspensão ocorre após os estados envolvidos não atenderem a uma determinação anterior do ministro, emitida em janeiro, que exigia a elaboração de normas claras para a aplicação e fiscalização dessas verbas. Com isso, Dino também concedeu um prazo de 90 dias para que estados e municípios prestem contas de mais de seis mil planos de trabalho não registrados, vinculados às chamadas “Emendas Pix”.

O impacto da decisão foi especialmente sentido na Unir, onde docentes que maciçamente fizeram o 'L' nas eleições, demonstraram descontentamento com a medida. Professores que, em sua maioria, mantêm posição política alinhada ao atual governo federal, criticaram a suspensão dos repasses e se dizem arrependidos, considerando-a um retrocesso para o desenvolvimento da instituição e a continuidade de pesquisas e ações de extensão.

Nos bastidores, já se articula a possibilidade de mobilizações e protestos públicos. O objetivo seria pressionar por uma solução que restabeleça o fluxo de recursos e minimize os danos à universidade. A situação evidencia um contraste delicado entre expectativas políticas e decisões técnicas no âmbito judicial.