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    porto velho, quarta-feira 17 de dezembro de 2025

PMs perdem cargos e são condenados por invasão em unidade de conservação em RO

A apuração revelou organização criminosa estruturada em núcleos de liderança, recrutadores, braço armado, seguranças, acampados e financiadores...


MPRO

Publicada em: 27/09/2025 12:05:41 - Atualizado

Foto: MPRO

RONDÔNIA - Dois policiais militares e outras sete pessoas foram condenados por crimes praticados na Estação Ecológica Samuel, em Candeias do Jamari (RO). As identidades dos envolvidos não foram reveladas. O Ministério Público de Rondônia obteve, na segunda-feira (15/9), a condenação de nove pessoas por crimes cometidos na Estação Ecológica Samuel (ESEC), no âmbito da Operação Canaã. 

As penas aplicadas variam de seis anos e seis meses a 14 anos e sete meses de reclusão, além de detenção e multas. Dois policiais militares também foram condenados à perda do cargo público.

A Operação Canaã foi resultado de investigações iniciadas em 2021 pela Polícia Civil, por meio da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2). 

A apuração revelou organização criminosa estruturada em núcleos de liderança, recrutadores, braço armado, seguranças, acampados e financiadores.

O grupo atuava de forma coordenada para explorar ilegalmente terras públicas, loteando a unidade de conservação e vendendo áreas de forma clandestina. Parte dos recursos arrecadados era usada para a compra de armas de fogo e manutenção das invasões.

Estrutura criminosa

De acordo com a denúncia do MPRO, os líderes definiam a área a ser invadida, dividiam os lotes e coordenavam as tarefas dos demais integrantes. 

Pessoas em situação de vulnerabilidade social eram recrutadas para se instalar no local, enquanto financiadores (pessoas de considerável poder aquisitivo) adquiriam áreas com a finalidade de investir ou lavar dinheiro.

A sentença destacou ainda a atuação de dois policiais militares, condenados por comércio ilegal de armas de fogo e participação na organização criminosa, que perderam o cargo por violarem seus deveres funcionais.


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