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porto velho, quinta-feira 13 de novembro de 2025

PORTO VELHO - RO - O descaso com a recente morte do professor Carlos Alberto Paraguassu-Chaves gerou forte indignação entre alunos, colegas e admiradores. A Universidade Federal de Rondônia deu de ombros para a situação e não enviou representante ao velório, tampouco uma coroa de flores, gesto mínimo de reconhecimento a um dos intelectuais mais preparados que já integraram seu quadro docente.
O silêncio institucional repercutiu negativamente nas redes sociais e em círculos acadêmicos, reacendendo críticas antigas de que a Reitoria da Universidade de Rondônia não valoriza sua própria história nem aqueles que ajudaram a construí-la. Para muitos, o episódio simboliza o distanciamento entre a gestão universitária e o corpo docente, sem contar com a falta de humanidade.
Diante da cobrança pública e das críticas, tendo o quadro do professor Paraguassu como referência, segundo fontes próximas da cúpula da gestão, cresce a pressão para que a universidade estabeleça um protocolo oficial de reverência a seus professores, evitando novas falhas em momentos de despedida ou reconhecimento. Entre as sugestões debatidas, despontam medidas consideradas essenciais:
Nota de pesar imediata, assinada pela Reitoria.
Envio obrigatório de coroa de flores para docentes ativos e aposentados.
Presença de representante institucional em velórios ou cerimônias de despedida.
Solenidade de aposentadoria, com entrega de diploma de mérito e registro em ata.
Acompanhamento institucional em casos de doença, com visitas, mensagens formais e apoio à família.
Registro permanente da memória acadêmica, com inclusão do nome do docente no memorial institucional.
A omissão no adeus ao professor Paraguassu, reconhecido internacionalmente e responsável pela formação de gerações, transformou-se em alerta. A expectativa agora é de que a UNIR transforme a crítica em mudança concreta, garantindo que nenhum professor — em vida ou após sua partida — volte a ser esquecido pela instituição que ajudou a erguer.