Nunca, em tempo algum, na história do Brasil, a mulher foi tão golpeada pela ira dos homens como nos tempos de agora. De Norte a Sul, orquestrou-se um bombardeio contra a feminilidade desse ser.

De repente, pelos acontecimentos diários, a impressão que se tem é a de que há uma vontade incontida de bater, carnear, lancear, golpear, esborcelar, acutilar, ferir, esmurrar, escoicear, castigar a mulher, e tantos outros sinônimos se ainda couber, como se ela tivesse entrado pela janela do mundo como inimiga e não pela porta da frente como companheira.

Até no meio animal as fêmeas são respeitadas e os machos as protegem dos predadores. Os homens não! Por quê?

Antigamente, os pais guardavam as filhas com amor e sentimento, protegiam dos assaltos da libido na adolescência e juventude, e as conduziam ao altar, requerendo sempre do genro respeito, zelo e proteção, tal a consagração de amor que se dedicava à mulher.

Mas vieram os tempos modernos e permitiram. Permitiram a liberdade da mulher desenfreadamente, e com isso, as mais fracas, foram deixadas às hienas. Por isso, os homens sem cérebro matam e esbofeteiam sem piedade.
As múltiplas agressões da mulher pelos homens devem-se, em parte, à desproteção da família que optou por entregar as filhas aos modismos do “ficar”, como se fossem um animalzinho para o acasalamento. E na vereda do cio precoce, até o inferno se estremece e o estrago fica.

Não obstante, fora os horrores da violência, a mulher do ponto de vista de ocupação de espaço cresceu muito em número, ombreou-se aos homens nas conquistas. Parabéns!

Nas escolas, universidades, são professoras capazes e dedicadas; Nos hospitais, enfermeiras, médicas e técnicas, que compõem um cenário apreciável de proteção ao ser enfermo;
As forças armadas já contam com corajosas mulheres. O judiciário já possui em seus quadros milhares de servidoras competentes, juízas, técnicas e administradoras.

Na política, a presença das mulheres está nas Câmaras Municipais, Assembleias Estaduais, Câmara Federal e Senado. No Ministério Público, nas procuradorias as mulheres estão presentes; nos bancos como executivas, e por aí vai...

Tudo para dizer neste dia que lhe é consagrado necessário se faz nos curvemos e dizer: Devemos muito às mulheres. Elas são o transporte para a vida. Derramam-se de amor no portal do nascimento; alimentam-nos com o seu próprio leite e quando o filho se desvia, para o lado “pauleira” da vida, são as mães que choram nas portas das cadeias, ou na vigília da noite quando a desobediência dos filhos perfura os seus corações. É a mãe, a mesma, que apanha do filho drogado, é a que também chora quando ele parte na aventura fantástica da vida.

Senhores do mundo, codificai o chip do amor em suas mentes respeitando mais as mulheres como elas merecem. Digam não a qualquer tipo violência. Não cometam estupro, feminicídios, tentativas de morte contra esse doce ser. Coloque-as no escopo de humanidade como um ser admirável. Olhem-na como um ser divino, nunca como um produto de consumo e depois o lixo.

Antes de cometer abusos contra a mulher, lembrem-se de sua mãe, de sua irmã, de sua filha, limitem-se a ser gente e amá-la como a si mesmo, mesmo diante das demandas infernais.

E, neste dia que lhe é consagrado, parabéns a todas as mulheres: As que sofrem as atrocidades, as que lutam para abrandar as monstruosidades dos homens, as que solidificaram suas posições como mulher na sociedade, as que choram, as que sorriem, desejando-lhes sempre um mundo melhor moderno, fraterno e pra frente.

Que haja amor, e nunca o horror.

AMÉM.