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Retirada da vacinação contra febre aftosa é debatida por representantes


Rondonoticias

Publicada em: 23/10/2017 14:51:35 - Atualizado

PORTO VELHO,RONDÔNIA- O Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa (PNEFA) está sendo debatido por representantes dos serviços veterinários de Rondônia, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Bolívia, e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e representantes de entidades ligadas ao agronegócio. O evento ocorre em Porto Velho nos dias 23 e 24 de outubro.

De acordo com o Plano Estratégico, Rondônia e Acre formam o Bloco I e serão os primeiros estados a pararem de vacinar, em junho de 2019; o segundo Bloco é formado por Amapá, Amazonas, Pará e Roraima; o Bloco III é formado por Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; o Bloco IV é composto por Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins; e, o último Bloco, com previsão para retirar a vacina em 2021, tem Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, explica que para a divisão dos estados em blocos foi considerados as barreiras naturais e os serviços veterinários oficiais de cada local. “Em qualquer país do mundo há o risco de um foco, por isso o trabalho tem que ser contínuo. Se acontecer, tem que responder prontamente”, fala o representante do Mapa.

O governador de Rondônia, Confúcio Moura, diz que, apesar das dúvidas, as propostas do Plano Estratégico são interessantes. “Gostaria que todos se expressassem, porque é uma tomada de decisão, que deve ser feita de uma forma responsável. Não é só tirar a vacina e cruzar os braços”, fala o governador.

O consultor em defesa agropecuária da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Decio Coutinho, elogiou o Plano dizendo que os técnicos tiveram a preocupação de antecipar possíveis pontos críticos. “A equipe técnica teve muita lucidez. Se lerem o Plano, não fica dúvida do que tem que ser feito”.

Para o diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), Ronaldo Queiroz, a escolha do Acre para compor o primeiro bloco foi uma surpresa, mas diz que o Estado está preparado para atender às demandas necessárias para a retirada da vacinação.

O presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia, Anselmo de Jesus, conclui dizendo que nesta reunião serão decididas as ações que os estados devem executar. “Haverá a apresentação do resultado das auditorias que nós tivemos, com os apontamentos do que fazemos bem e o que ainda temos que melhorar”.


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