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Endividamento das famílias bate recorde na pandemia, afirma BC

Em novembro do ano passado, segundo o BC, endividamento das famílias com os bancos atingiu 51% da renda dos últimos 12 meses.


g1

Publicada em: 15/02/2021 17:35:55 - Atualizado


O endividamento das famílias bateu recorde no ano passado em meio à pandemia de Covid-19, mostram números do Banco Central e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Em novembro do ano passado, segundo o BC, o endividamento das famílias com os bancos atingiu 51% da renda acumulada nos doze meses anteriores — novo recorde da série histórica, que tem início em janeiro de 2005. Todas as dívidas com os bancos entram no cálculo, incluindo crédito para a compra da casa própria.

Ainda segundo números do BC, o comprometimento da renda das famílias com os empréstimos bancários ficou em 20,87% em novembro do ano passado, último dado disponível. Esse percentual, porém, não é recorde da série histórica.

Outro estudo, realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com base nos resultados mensais da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também mostrou alta no endividamento das famílias no ano passado.

Divulgada no fim de janeiro, a análise mostra que a média de famílias endividadas em 2020 cresceu 2,8 pontos percentuais, em comparação com o ano anterior, chegando a 66,5%, que é a maior porcentagem média anual da série histórica, iniciada em 2010.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avaliou que os impactos negativos do surto de covid-19 ao longo do ano impuseram a adoção de medidas de recomposição da renda, como o benefício emergencial, e de estímulo ao crédito, como forma de manter algum nível de consumo pelos brasileiros.

"Em conjunto com a redução dos juros ao menor patamar da história e com a inflação ao consumidor controlada em níveis baixos, estas ações forneceram às famílias condições de ampliar a contratação de dívidas e renegociar as já existentes", acrescentou.


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