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porto velho, segunda-feira 21 de julho de 2025
Rogério Maria é uma das 73.912 pessoas que contraíram Covid-19 em Campinas (SP). Entretanto, sua trajetória torna a recuperação uma conquista ainda maior. Dos 68 dias internado, 42 foram em coma induzido, entubado. A alta e reabilitação desafiadora dividiram espaço com a sorte, ganhou num bolão parte do prêmio da Mega-Sena da Virada em 2020.
"Aprendi a viver mais feliz. Mesmo com todas essas sequelas, mas ainda vou superá-las. Não desisti e não desisto jamais.".
Neste sábado (13), a metrópole completa um ano do primeiro caso confirmado de coronavírus, uma estudante de medicina que frequentou uma festa na Bahia, onde outras pessoas se infectaram. Em 12 meses, 1.997 pessoas perderam a vida para a doença, e muitas outras renasceram, como Rogério.
O analista de sistemas de 51 anos, pai de dois filhos, foi infectado em julho, pico da primeira onda da pandemia. A piora no quadro veio rápido e ele ficou hospitalizado na Casa de Saúde de Campinas.
"Sentei na cadeira de rodas e passei pelo corredor do hospital. Essa é a última lembrança que tenho daquele dia, antes dos 42 dias em coma".
80% dos pulmões comprometidos
Rogério precisou de uma traqueostomia. Teve pneumonia e infecção bacteriana em decorrência da baixa imunidade e do longo período de internação. 80% dos pulmões ficaram comprometidos. Ainda apresentou trombose generalizada e foi submetido a 28 dias de hemodiálise.
"Minha família foi chamada duas vezes para se despedir de mim, porque os médicos não acreditavam na recuperação.".