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    porto velho, sábado 12 de julho de 2025

Aos 20 anos, médico brasileiro já tem quase 1.000 hs na linha de frente da covid

A rotina de estudos sempre fez parte da vida do estudante.


r7

Publicada em: 22/05/2021 11:29:52 - Atualizado

Morador de Itabaiana no estado de Sergipe, o jovem José Victor Menezes Teles, 20 anos de idade, concluiu a graduação do curso de medicina pela UFS (Universidade Federal de Sergipe) e retirou na última segunda-feira (17) o seu registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) e é um dos mais jovens médicos a atuar na linha de frente contra a covid-19.

Aos 13 anos, o jovem sergipano representou o estado como um dos delegados na IV CNIJMA (Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente) e também foi medalhista pela OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas).

Nesse embalo de estudos, em 2015, com apenas 14 anos, o adolescente foi aprovado no curso de medicina sem ter o diploma de conclusão do ensino médio. Na época, a família do estudante recorreu à Justiça, que permitiu José Victor cursar a UFS. Foram aplicadas provas de cada disciplina do ensino médio ao estudante que obteve média 8 validando a sua proficiência educacional.

Victor é filho de professores da rede pública de ensino. “Posso dizer que ter pais professores é um ótimo exemplo para se ter dentro de casa, fomenta, direta e indiretamente, nossa busca pelo conhecimento”, explica. A rotina de estudos sempre fez parte da vida do estudante. “Estudava cerca de 3 horas por dia, resolvia de questões de simulados e, nesse ritmo, o meu momento de estudo se tornava mais eficiente”.

Também destaca que sempre valorizou "o estudo e sabia da importância dele em minha vida, principalmente no futuro. Quando cheguei à quinta série, atual sexto ano, com nove/dez anos, passei a ler os clássicos nacionais”, finaliza.

No dia 11 de maio deste ano, após seis anos de estudos, Victor recebeu seu diploma da faculdade de medicina. A antecipação da formação se deu a carga horária prestada na linha de frente nos dois anos finais do curso de medicina pelo programa do governo federal “O Brasil Conta Comigo”, que libera estagiários médicos para atuar na pandemia.

As mais de 750 horas prestadas na linha de frente ao combate do novo coronavírus através do programa, deram direito ao adiantamento da colação de grau do jovem médico. “Mas, muito mais importante que isso, tive um rico aprendizado. Algo até então único em minha vivência universitária, servir na linha de frente foi uma grande preparação para me tornar um profissional apto.”


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