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porto velho, segunda-feira 7 de julho de 2025
O volume de serviços prestados no Brasil avançou 0,5% em agosto, na comparação com julho, apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da quinta alta mensal seguida.
Já na comparação com agosto de 2020, o crescimento foi de 16,7%.
A alta do mês foi puxada pelo avanço dos serviços de alojamento e alimentação (4,5%), e de transporte aéreo (7,4%).
Com o resultado, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia, alcançando o nível mais elevado desde novembro de 2015.
"Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014", destacou o IBGE.
O resultado veio dentro do esperado. A mediana das estimativas de 20 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data apontava taxa de crescimento de 0,5% em agosto. As projeções variam de estabilidade a alta de 2,2%.
Segundo o IBGE, a recuperação do setor tem sido impulsionada pela redução das perdas dos serviços de caráter mais presencial em função do avanço da vacinação e aumento da mobilidade da população.
“O setor de serviços mantém sua trajetória de recuperação em agosto, sobretudo nos serviços considerados não presenciais, mas também nos presenciais, com o avanço da vacinação e o aumento da mobilidade das pessoas. Desde junho do ano passado, o setor acumula 14 taxas positivas e somente uma negativa, registrada em março, quando algumas atividades consideradas não essenciais foram fechadas por determinação de governos locais em meio ao avanço da segunda onda do coronavírus”, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Embora seja a quinta taxa positiva consecutiva, a magnitude de crescimento desacelerou pelo quarto mês seguido. Segundo o gerente da pesquisa, “isso ocorre em função da base de comparação alta que foi construída a partir de junho do ano passado” depois das grandes perdas que o setor sofreu nos primeiros meses de pandemia.
No acumulado do ano, o setor tem alta de 11,5% frente a igual período do ano anterior. Em 12 meses, o avanço é de 5,1% em agosto – a maior taxa de crescimento para 1 ano da série histórica da pesquisa, iniciada em dezembro de 2012.