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Barreira dos EUA ao aço desperta atenção e preocupação, diz Fazenda

O Brasil é um dos maiores afetados, uma vez que hoje é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA


Notícias ao Minuto

Publicada em: 09/03/2018 14:38:28 - Atualizado

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que o governo vê com preocupação com a barreira levantada pelos EUA ao aço importado. Na última quinta-feira (8), o presidente americano Donald Trump decidiu elevar as tarifas de importação de aço e alumínio estrangeiros, alegando defender a geração de empregos nos EUA. O Brasil é um dos maiores afetados, uma vez que hoje é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA.

"Evidentemente é um tema que está despertando atenção e preocupação de todos", disse Guardia O secretário afirmou temer que a barreira provoque uma reação protecionistas dos demais países, uma vez que Rússia, China e União Europeia também serão severamente atingidos pela restrição.

"O efeito prático disso é que se pode desencadear uma guerra comercial na reação de outros países. E isso vai na contramão do livre comércio e do aumento fluxo de mercadorias, serviços e de capitais, que é o que defendemos e entendemos que seja o caminho do desenvolvimento."

Guardia afirmou que a reação brasileira caberá ao Itamaraty, porém, disse acreditar que os países afetados deverão atuar de maneira coordenada. "Dada a gravidade e a importância do tema, não me parece que será uma reação isolada de um país ou de outro, uma vez que isso terá repercussões em outros países relevantes", disse.

Economista, o secretário levantou ainda questionamentos técnicos sobre a adoção da política sobre a economia americana. "Há uma preocupação grande, está sendo criada uma barreira comercial. Aliás, uma barreira em um momento de pleno emprego e defendendo um setor que está com excesso de capacidade. É uma política questionável, mas não cabe a mim questionar a política de outros países".

A resposta mais provável a barreiras em um ambiente descrito por Guardia é o aumento dos preços do aço e do alumínio dentro dos EUA, o que tem potencial de encarecer produtos para o consumidor americano e retirar competitividade de indústrias que usam o aço como matéria-prima.


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