Fundado em 11/10/2001
porto velho, sexta-feira 19 de setembro de 2025
Em uma nova tentativa de conter a inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) definiu nesta quarta-feira (2) o novo patamar dos juros básicos da economia brasileira. No oitavo aumento seguido, a taxa Selic subiu 1,50 ponto percentual, passando dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano. Com isso, o indicador volta aos dois dígitos, o que não ocorria desde julho de 2017.
A trajetória de alta da taxa básica começou em março do ano passado, quando a Selic figurava em 2% ao ano, o menor patamar da história, após uma série de reduções iniciada em 2016. Para o fim de 2022, a projeção é que a taxa alcance 11,75% ao ano.
"Essa medida é uma ação do Banco Central, necessária neste momento, entendida como um esforço de controle do processo inflacionário, que vem ganhando um contorno importante no país", afirma a economista Leila Pellegrino, professora de economia e coordenadora do curso de administração da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.
Mas a medida tem impacto tanto no dia a dia da consumidor como também na retomada da economia. "O impacto direto mais imediato no bolso do brasileiro vai ser justamento porque, como a Selic é uma taxa de referência das demais taxas de juros, os créditos vão ficar mais caros, os endividamentos vão ficar mais caros.
Com a elevação da taxa de juros, diminui a liquidez da economia e acaba impactando negativamente as expectativas de crescimento da atividade econômica. Podemos esperar uma atividade econômica ainda mais tímida", avalia a economista.