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    porto velho, segunda-feira 22 de setembro de 2025

Professor Otacílio Moreira discute economia com os ouvintes do Programa a Voz do Povo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) teve o registro em março de 1,63% e em 1,06% em abril.


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Publicada em: 17/05/2022 23:20:50 - Atualizado


PORTO VELHO, RO- O professor de economia da Universidade Federal de Rondônia, Otacílio Moreira de Carvalho, concedeu entrevista ao apresentador, jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, no Programa a Voz do Povo, transmitido pela Rádio Caiari 103,1 e com live ao vivo pelo site RONDONOTICIAS.COM.BR.

Na pauta, o momento econômico que o país atravessa em todos os segmentos, além de economia doméstica e outros assuntos da ordem do dia, também na seara econômica. 

INÍCIO DOS DEBATES:

O professor de economia abriu o programa falando da alta dos preços da cesta básica. Segundo ele, o grupo de alimentos essenciais para a vida dos brasileiros encareceu por conta de duas inflações seguidas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) teve o registro  em março  de 1,63% e em 1,06% em abril.

“Os produtos da cesta básica aumentaram demais. Para se ter uma ideia, em 2016 mesmo naquela crise provocada pelo governo da ex-presidente Dilma chegávamos a abril com o custo da cesta básica em torno de 42% a 43%, do salário mínimo, esse ano já chega a custar 56%, avaliou.

PREJUÍZOS À ECONOMIA PROVOCADOS PELA GUERRA NA UCRÂNIA:

Os prejuízos provocados por fatores climáticos nas regiões produtoras no Brasil, a alta dos combustíveis e a Guerra na Ucrânia e Rússia, segundo o professor, impactaram na alta dos produtos.

“Tem adubos que antes custavam R$180,00 e com o conflito dobrou de valor para R$450,00, e outro derivado do conflito são os combustíveis. O óleo diesel está mais caro que a gasolina. Em março, tivemos um aumento de 25% e em abril de quase 9%, então o diesel aumentou nos postos de Rondônia 51% desde do início do ano”.

ANÁLISE SOBRE O IPCA:

Ao falar do IPCA, que mede a variação de preços de determinados produtos, Otacílio explica que essa lista é definida também pelo IBGE, por meio da sua Pesquisa de Orçamentos Familiares. “Antes, dos 377 itens calculados aumentava de 80 a 100 itens. Esse mês de abril aumentou 295 itens, ou seja, 80% dos produtos monitorados pelo IBGE. O consumidor não tem nem como fugir está aumentando tudo”.

CULPA OU NÃO DO PRESIDENTE NO AUMENTO DOS PREÇOS:

Indagado se as ações do presidente Bolsonaro têm participação na alta dos preços, ele ressalta que, pelo contrário, o presidente tem desenvolvido ações como a troca do presidente da Petrobrás e do ministro das Minas e Energia,  para conter os avanços dos preços dos combustíveis.

“A Petrobrás, esteve envolvida em escândalo de corrupção no governo Dilma. Em 2014, para ela se reeleger, a presidente manteve os preços dos combustíveis de forma artificial. Enquanto o preço flutuava no mercado internacional, aumentava o valor do petróleo e de produção, mas o presidente da Petrobrás, na época, manteve o preço e isso levou a dois anos de prejuízo”.

Otacílio disse ainda que, pelo fato da Petrobrás estar envolvida em corrupção, a Companhia  teve que assinar vários acordos nos mercados internacionais, uma vez que boa parte dos seus acionistas são estrangeiros se comprometendo em melhorar a governança e a responsabilidade com os seus investidores.

DOLARIZAÇÃO NO PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS:

“O conselho da Petrobrás presidido pelo Pedro Parente, modificou a política da paridade de preços internacionais (PPI), na qual a comercialização de petróleo e derivados aqui no Brasil, sofre aumentos a partir dos movimento dos mercados internacionais"

Moreira de Carvalho finalizou a entrevista dizendo que, mesmo com  a pandemia, várias empresas estatais ou não, representantes na venda do petróleo,  reconhecendo a situação, ainda tiveram até 15% de lucro. Já A Petrobrás só nos primeiros três meses do ano, registrou uma lucratividade da ordem de 44 bilhões e meio o que representa 30% do lucro líquido da estatal”, concluiu


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