PORTO VELHO, RO- O ex-senador e ex-ministro da Previdência Social, Amir Francisco Lando-MDB, concedeu entrevista ao apresentador, jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, no Programa a Voz do Povo, transmitido pela Rádio Caiari 103,1, e pelo facebook do site RONDONOTICIAS.COM.BR., ao meio dia de sexta-feira, 23.

Na pauta, o MDB, as nuances do processo eleitoral, políticas públicas destinadas à juventude e sua pré-candidatura ao Senado da República, dentre outros assuntos.

MDB

Amir iniciou a entrevista falando da mobilização intensa nos bastidores da política rondoniense, para definir o fechamento dos partidos que marcharão unidos no pleito, enfatizando que no momento,  encontra -se à disposição do MDB para dar sequência à sua pré-candidatura ao Senado Federal.

“O MDB tem tradição política e uma história que não se rasga, nem se apaga com uma borracha. Ela está gravada no coração dos brasileiros pela participação de figuras Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilela e Mário Covas, que lutaram pelo processo de redemocratização do país”.

REFORMA AGRÁRIA:

Entre os feixes elencados como bandeiras do MDB, o ex-senador revela que as questões sociais, como a Reforma Agrária, sempre estiveram na ordem do dia. Já sobre o fato do partido não ter um nome para disputar o Governo do Estado, Lando explica que a sigla está desarticulada no momento.

“Você tem que lutar para a participação política, mas isso sempre buscando a vitória, e a vitória vem das  ideias, propostas e é uma não tomada tomada de posição, esvazia esse  objetivo que é de melhorar a vida das pessoas. Você tem realmente que se propor a executar planos, projetos e o que falta nesse país e também  nos estados, hoje, são  planos e projetos capazes de construir um futuro melhor para a população, então, é quase uma administração de caixa do dia a dia, e do dia seguinte, e isso, é deplorável porque ninguém constrói uma nação na silhueta dos séculos, se não tiver programas de longo médio e curto prazos. O PMBB de Rondônia não avançou, porque política se faz com debate, troca de ideias, então tivemos um esvaziamento no partido no que tange a esse ponto”.

POLÍTICA NACIONAL

O ex-senador afirma que os partidos estão esvaziados e que todos tem uma a certa semelhança, quase de igualdade, pois só querem conquistar o poder pelo poder, ou para se locupletar das vantagens que dele propicia. 

“Isso é lamentável. Há um certo vazio e despreparo na política. Sobretudo, há um esvaziamento de ideias do ponto de vista de como construir uma nação, um projeto de país. Eu não vejo ideias colocadas, a não ser algum outro elemento que se lança, sem ter chance alguma de chegar ao poder. Não é só de boas ideias, tem que ser estofo e uma conduta compatível com as idéias lançadas para executá-las”, afirmou

FOCO NA JUVENTUDE:

Ao falar sobre o público jovem, Amir demostrou preocupação de como se deve engajá-lo nos debates de seu tempo como: economia e política. 

Ele defendeu políticas públicas de inclusão dos jovens, sobretudo no mercado de trabalho e lazer. "Quem se propõe em disputar uma eleição, nas pode esquecer dos jovens que hoje se encontram desamparados. "Aos jovens é que está reservado o futuro da nação, e uma melhor colocação no contexto, é de dar-lhes uma vida melhor e mais digna", deixou claro.

HIPOCRISIA NO TRATO DAS QUESTÕES DOS JOVENS:

Para Amir Lando, a forma como a classe política trata a pauta da juventude, beira a hipocrisia. "Falam que os jovens são o futuro do país, sem, no entanto, dedicar a eles um segundo de tempo para dar vazão às suas reais necessidades. Retornando ao parlamento, quero dedicar parte significativa do meu tempo em atendimento a uma agenda positiva em favor da juventude do meu Estado", enfatizou.

BONS EXEMPLOS DA CLASSE POLÍTICA À JUVENTUDE:

Ele defendeu a necessidade da atual classe política, em dar bons exemplos para animar a garotada, a fim de que  possa dar o seu melhor. "Porque eles têm condições, seja por conta da força, do vigor, da inteligência e da ousadia, ou porque são  capazes de criar uma nação melhor para todos", pontuou.

VÁCUO NA CONVICÇÃO POLÍTICA:

“O que eu lastimo hoje, é esse vácuo de convicção política. A política tem perdido substância nos últimos tempos e ela se baseia nos princípios: Da convicção, da determinação e da eficiência, e quem ingressa na seara política tem de lutar com inteligência, unhas e dentes por isso", concluiu.