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porto velho, terça-feira 23 de setembro de 2025
PORTO VELHO,RO - Alunos da rede municipal de ensino da capital ficaram sem aula, na manhã desta sexta-feira (3), por causa da paralização dos professores para reivindicar a correta implantação do percentual do Piso do Magistério de 2022.
Até a última atualização desta reportagem, 141 unidades de ensino foram afetadas, deixando 45 mil alunos sem aula.
A concentração da paralização ocorreu, nas primeiras horas da manhã na sede administrativa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia(SINTERO), e seguiu pelas ruas da capital até o prédio da Prefeitura.
Além do Sintero, fazem parte da convocatória da paralização o Sindicato dos Servidores Municipais de Porto Velho, (Sindeprof) e Sindicato dos Professores e Professoras do Estado de Rondônia (Sinprof).
Caso o diálogo com a Prefeitura de Porto Velho e a Secretaria Municipal de Educação (Semed), não for concretizado uma nova mobilização deve ocorrer no próximo dia 08 de junho.
Conforme informações do movimento grevista colhidas no local pela nossa reportagem, a paralisação foi motivada pelo fato da Semed anunciar que implantaria o piso salarial quando, na prática, apenas fez a complementação dos valores.
Os professores, supervisores e orientadores alegam que a secretaria não fez a atualização de 33,24% no início de carreira e incidindo nas progressões funcionais da categoria. Eles pedem para que se cumpram as disposições da Lei Federal nº 11.738/2008 e do Plano de Carreira Municipal (Lei nº 360/2009).
De acordo com a Secretaria geral do Sintero, Dioneida Castoldi, a classe está unida e busca uma negociação, entretanto se não conseguir avançar com a Câmara Municipal a próxima medida é judicializar.
“Pela justiça vai demorar, mas quem não paga bem lá paga certo e paga duas vezes”, justificou, Dioneida.
A Secretaria não descartou a possibilidade de acontecer um futura greve, caso não haja acordo, mas que esse processo ainda vai demorar, enquanto isso seriam realizadas novas paralizações.
“Queremos que a secretaria de educação nos atenda e que os vereadores se envolvam com isso. Porque isso é valorização e cumprimento de lei. Já temos até outras datas programadas para paralizações. Vamos incomodar, enquanto não avançar”.
Procurada pela nossa reportagem, a Secretaria Municipal de Educação, disse que a pasta não foi informada sobre esta possível paralisação.