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IBGE diz que terá de adiar Censo caso precise reformular questionário

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou à Advocacia Geral da União (AGU) que será obrigado a postergar


correio brasiliense

Publicada em: 09/06/2022 17:23:18 - Atualizado

BRASIL-O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou à Advocacia Geral da União (AGU), nesta quinta-feira (9/6), que precisará adiar o Censo de 2022 se for obrigado a cumprir a decisão da Justiça Federal do Acre, que obriga o órgão a incluir campos sobre “orientação sexual” e “identidade de gênero” no questionário,

A pesquisa está prevista para começar no próximo dia 1° de agosto. Porém, na sexta-feira passada, a Justiça Federal do Acre atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou que o IBGE inserisse no novo Censo os dois novos campos, sob a justificativa de que a abordagem auxiliaria o país na formulação de políticas públicas que beneficiem a população LGBTQIA+.

A possibilidade do adiamento do Censo consta explicitamente do recurso que o IBGE enviou à AGU, que é o órgão responsável por tentar derrubar essa decisão judicial.

Nesta quinta-feira, o IBGE informou ao Correio que iria se manifestar contrariamente à decisão. "O IBGE vai recorrer da decisão da Justiça Federal do Acre (sexta-feira passada, 03.06.22) sobre a inclusão no Censo de perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero. Todas as questões serão respondidas nos autos", esclareceu o instituto, por meio de assessoria.

A expectativa pela realização do Censo é alta. A pesquisa deixou de ser feita em 2020 devido à pandemia e, no ano passado, foi adiada devido à falta de recursos. O último Censo foi produzido em 2010.



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