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Indústria da construção perde 700 mil vagas em dez anos, mostra pesquisa

O número total de pessoas ocupadas caiu de 2,7 milhões, em 2011, para 2 milhões, em 2020, uma queda de 25,9%


r7

Publicada em: 15/06/2022 11:13:20 - Atualizado


BRASIL-A indústria da construção perdeu 700 mil vagas de trabalho nos últimos dez anos. O número total de pessoas ocupadas caiu de 2,7 milhões, em 2011, para 2 milhões, em 2020, uma queda de 25,9%. Essa variação ocorreu nos três segmentos da construção, com destaque para construção de edifícios, responsável por 46,1% da redução.

É o que mostra a Paic 2020 (Pesquisa Anual da Indústria da Construção), divulgada nesta quarta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo analisa três segmentos: construção de edifícios; obras de infraestrutura; e serviços especializados para construção. Os efeitos econômicos ocorridos em 2020 por causa da pandemia de coronavírus também foi levado em conta.

Esse setor foi ultrapassado pelo de construção de edifícios, que passou de 39,9% para 45,3% de participação no período. O segmento de serviços especializados para construção também avançou, passando de 18,5% para 22% na comparação de dez anos.

Os resultados do valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção foram de R$ 147,3 bilhões para o segmento de construção de edifícios; R$ 106,4 bilhões para obras de infraestrutura; e R$ 71,4 bilhões para serviços especializados para construção.

Setor privado

A Paic 2020 mostrou que 131,8 mil empresas ativas ocuparam 20 milhões de pessoas, que receberam R$ 58,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Foram gerados R$ 325,1 bilhões em valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção.

Em 2020, o setor privado alcançou sua maior participação na série de dez anos, sendo responsável por 70,2% do valor de obras e/ou serviços da construção, enquanto em 2011 esse percentual era de 61,5%.

O aumento foi influenciado, principalmente, pelos segmentos de construção de edifícios e de serviços especializados para construção, em que a participação do setor privado, dentro de cada um desses, chegou em 2020 a 82,0% e 79,4%, respectivamente.

Por outro lado, em obras de infraestrutura, o setor público, historicamente o seu principal contratante, praticamente dividiu o valor de obras e/ou serviços da construção com a esfera privada. Isso representa um declínio de 7,9 pontos percentuais na participação do setor público em dez anos, sendo que no último ano da série, entre 2019 e 2020, essa redução foi de 1 ponto percentual.


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