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porto velho, terça-feira 23 de setembro de 2025
Na Rua Alair Pereira da Silva, no bairro Taquaril, na Região Leste de Belo Horizonte, o orelhão tocou por volta das 16h desta quarta-feira (6). Sim, um orelhão tocou em julho de 2022, no dia em que o 5G começou a operar no Brasil.
A quinta geração de internet móvel promete uma revolução: conexão com velocidade ultrarrápida, avanços de tecnologias como carros que dirigem sozinhos e a possibilidade de ligar muitos objetos à internet ao mesmo tempo.
“Alô?”, disse Felipe, de nove anos, que atendeu o orelhão da Rua Alair Pereira da Silva, 14 anos mais velho que ele. O aparelho foi instalado lá no dia 20 de janeiro de 2000. Ele é um dos 167 orelhões que, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ainda estão disponíveis em Belo Horizonte. No Brasil são 88.047.
Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e João Pessoa serão as próximas cidades a receber e tecnologia, depois do Distrito Federal. Ainda não há data para que isso aconteça.
Mas Felipe, acostumado a ver vídeos pelo celular e mandar mensagens por aplicativos, reparou no orelhão.
“Eu achei que poderia ser algo importante e resolvi atender”, disse o garoto que passava pela rua quando o telefone tocou.
Esta repórter aqui já tinha ligado para 35 orelhões diferentes, antes do localizado na Rua Alair Pereira Da Silva. Destes, seis não completaram a ligação, 12 apresentaram mensagem de desligamento e um estava ocupado.
Só o Felipe atendeu. Logo uma criança. E de nove anos. Quem nem sabe o que é cartão telefônico e nunca viu uma ficha.