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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) participou, nesta sexta-feira e sábado (13 e 14/4), do Congresso Internacional de Enfermagem Holística, realizado em Cosquín, na Argentina. Representado pelos conselheiros federais Dorisdaia Humerez, Anselmo Jackson e Walkírio Almeida, o Cofen apresentou um panorama das práticas integrativas e complementares no Brasil e aprofundou o diálogo sobre ciência e a integralidade do cuidado.
“A assistência deve estar centrada na pessoa e não na doença, não podemos fragmentar”, afirmou Dorisdaia, em palestra seguida de debate no sábado. A conselheira apresentou o trabalho de Enfermagem em programas como o controle da tuberculose, sífilis e abuso de drogas, ressaltando a necessidade de cuidar da pessoa em suas diferentes dimensões.
Evidências científicas – “As evidências científicas que formam a base das ações de Enfermagem demonstram que o cuidado integral está associado a uma melhor taxa de adesão e resposta ao tratamento”, ressaltou a conselheira, em segunda palestra. A apresentação, no sábado, dialogou com as evidências científicas e as práticas de cuidado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu, em 1962 e 1978, durante as Conferências Internacionais de Cuidados Primários de Saúde, as Terapias Alternativas e Tradicionais de Países e Povos, na implementação dos atendimentos básicos em Saúde, que deu origem a Declaração de Alma-Ata. No Brasil, as terapias integrativas e complementares têm respaldo na Portaria MS 971/2006.
Estudos científicos avaliam e validam seu uso. As diretrizes para Parto Normal no Brasil, baseadas em revisão sistemática e validação científica das melhores práticas internacionais, avaliou, por exemplo, a efetividade de métodos não-farmacológicos para alívio da dor do parto, encorajando ações como massagem e relaxamento, se for desejo de mulher, e recomendando expressamente a livre movimentação da mulher em trabalho de parto e a alimentação, se tolerada.
Panorama Brasileiro – O conselheiro Walkírio Almeida trouxe dados dos profissionais de Enfermagem no Brasil e apresentou as terapias interativas e complementares aprovadas para serem usadas no Sistema Único de Saúde. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS tem apoio do Cofen. As práticas integrativas estão inseridas em todos os níveis de atenção à Saúde, a partir de uma visão ampliada do processo saúde–doença e da promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado.