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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
Porto Velho, RONDÔNIA – Do que já foi discutido sobre a preservação e conservação do patrimônio cultural, artístico e arquitetônico no Centro Antigo de Porto Velho, a Vila Ferroviária, ao longo do tempo, sempre esteve fora dos conclaves.
Segunda feira, 23, a Procuradora Federal, Gisele Bleigge, do MPF, recebeu a diretoria da Associação dos Ferroviários e atendeu apelo para que o poder público impeça o avanço dos acidentes violentos entre a Vila e as avenidas 7 de setembro e João Alfredo,no entorno da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM).
Em documento entregue à procuradora Gisele, os ferroviários relataram os vários acidentes de trânsito registrados na região, com relevância aos praticados por condutores embriagados, uma infração coibida pela Lei Seca. Alguns com vítimas fatais ou danos a imóveis e ao gradil da EFMM, afirmaram.
A procuradora foi informada, ainda, sobre a recomendação feita às autoridades por técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN-Rondônia) para que um muro de proteção (em concreto armado) seja erguido. Além de sinalização na entrada da Vila Ferroviária proibindo e impedindo a entrada e a circulação de veículos pesados na área.
Os signatários do documento entregue ao MPF relataram, ainda, que, no dia 28 março passado ”um veículo em alta velocidade derrubou um dos tabajaras (bloco de concreto tipo cone) e semana após, uma carreta danificou a sinalização que coibia a entrada de veículos pesados”.
Além do pedido de proteção contra a circulação de veículos pesados (de alta rolagem) ao longo do Centro Histórico, os ferroviários instaram a procuradora sobre a atual situação em que se encontra a questão do projeto de revitalização do Complexo Ferroviário.
Gisele Bleigge disse que “o MPF faz a sua parte e espera que o acordado com as Usinas, Prefeitura e o Estado, além da União, seja cumprido”. Ela afirmou, ainda, que, do que já foi discutido, percebe-se que as obras começarão a partir do início deste verão.
José Bispo, 71 anos, presidente da Associação dos Ferroviários, lembrou da luta dos que já morreram e dos que ainda estão vivos para que os trens voltem a andar ao menos até a Vila de Santo Antônio. Segundo ele, “a volta dos trens sobre os trilhos significa que manteremos a autoestima dos porto-velhenses elevada. o vice-presidente carioca pede maior atençao do poder publico com o complexo ferroviario e tambem que o estado coloque policionamento no local.
Outro membro da diretoria da entidade lembrou que “os trens nos trilhos de novo, é o renascimento das Marias Fumaça que tanto geraram dinheiro ao país com os comboios transportando o látex a Manaus, Belém e dessas capitais aos Estados Unidos da América” durante a Segunda Grande Guerra da qual o Brasil participou entre 1939-45.