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porto velho, segunda-feira 18 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: A recente derrota de Mariana Carvalho, candidata do União Brasil, nas eleições municipais de Porto Velho, parece marcar o fim da aliança entre o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e a cúpula do União Brasil, parceria que, segundo se especulava, teria como objetivo pavimentar uma possível candidatura de Chaves ao governo do estado em 2026. Agora, sinais claros indicam que essa coalizão se dissipou, e um novo cenário começa a ser desenhado para a sucessão estadual.
Nos bastidores, o vice-governador Sérgio Gonçalves, a ainda desconhecido do grande público, já se movimenta ainda que timidamente e surge como o nome mais forte dentro do grupo governista, já se movimentando com o apoio do governador Marcos Rocha e o respaldo do CPA.
A corrida pelo Palácio Rio Madeira está oficialmente em andamento, e Gonçalves é uma presença praticamente confirmada na disputa. Ele deverá assumir o governo do estado por aproximadamente seis meses, período em que Rocha deverá renunciar ao cargo para lançar sua candidatura ao Senado, disputando uma das duas vagas disponíveis.
A decisão de Rocha por Gonçalves representa muito mais que uma simples escolha pessoal. Indica uma ruptura com o acordo tácito de que Hildon Chaves seria o candidato natural do grupo. A opção por Gonçalves — que é também irmão de Júnior Gonçalves, um dos principais articuladores do governo estadual — demonstra que o Palácio Rio Madeira busca dar continuidade ao projeto político de Rocha com uma liderança mais próxima ao núcleo do atual governo, que certamente era do desejo antigo.
O velho ditado “Rei Morto, Rei Posto” reflete bem o atual quadro político. A escolha de Sérgio Gonçalves como sucessor do governador marca o fim de qualquer expectativa de protagonismo estadual para Hildon Chaves, alterando as peças do tabuleiro e apontando para uma nova fase na política de Rondônia.