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    porto velho, sábado 30 de novembro de 2024

Desorganização da Seduc gera sobrecarga de trabalho em relação às aulas virtuais

A principal denúncia recebida pelo Sintero refere-se à nova e exaustiva rotina de trabalho desempenhada pelos professores...


Assessoria

Publicada em: 01/07/2020 15:03:30 - Atualizado

Porto Velho - RO - O Sintero tem recebido diariamente inúmeras denúncias dos professores estaduais, relacionadas ao grande volume de trabalho gerado em razão das aulas não-presenciais, implantadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), desde o mês de abril. 

Sem receberem equipamentos tecnológicos e qualquer tipo de treinamento ou suporte necessário para atuarem no meio digital, os docentes estão se desdobrando e, muitas vezes, trabalhando além de suas jornadas formais, para ofertarem uma educação de qualidade aos estudantes da Rede Pública de Ensino.   

A principal denúncia recebida pelo Sintero refere-se à nova e exaustiva rotina de trabalho desempenhada pelos professores, que além do planejamento, elaboração e realização das aulas, passou a incluir novas funções como adaptar o conteúdo para plataformas digitais e produzir/disponibilizar vídeos. 

A agenda dos professores também passou a conter diversas reuniões com direção escolar e o atendimento remoto aos alunos, pais ou responsáveis, que entram em contato com o profissional fora do horário de trabalho ou no período noturno e, até mesmo, nos fins de semana. 

Também há uma intensa cobrança e solicitação de relatórios técnicos por parte da coordenação escolar. Todos esses fatores contribuem para que haja uma sobrecarga no trabalho, levando os profissionais a excederem a carga horária determinada no Plano de Carreira da Categoria, Lei 680/2012.

Destaca-se que os profissionais estão utilizando seus próprios materiais eletrônicos para atuarem no regime de "home office", operando de forma intuitiva e improvisada nas plataformas, visto que não houve mínimo preparo para tal trabalho. 

Os profissionais também revelam que houve um aumento de despesas domésticas como a de energia elétrica, internet banda larga e/ou internet móvel. No entanto, não há reposição salarial para a categoria e nem houve interesse por parte do Governo em atualizar o Piso Salarial do Magistério, conforme regulamenta a Lei Federal nº 11.738/2008.


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