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    porto velho, domingo 24 de novembro de 2024

Grupo que atacou Porta dos Fundos vai responder por tentativa de homicídio

Polícia diz que o vigilante do prédio correu risco de vida, mas não sabe se o crime tem relação com o especial de Natal


Veja

Publicada em: 26/12/2019 12:39:20 - Atualizado

BRASIL - A Polícia Civil informou que o vídeo que circulou nas redes sociais com o atentado à Sede do Porta dos Fundos, na Zona sul do Rio de Janeiro, é compatível com as câmeras de segurança da região, mas que não é possível dizer ainda se as pessoas que aparecem nas imagens falando sobre o atentado são as mesmas que cometeram o ato criminoso.

O grupo integralista, que teria reivindicado a autoria do crime, negou à polícia civil envolvimento com o ataque ao local, em um prédio no bairro do Humaitá. “Existe a hipótese de que alguém tenha editado esse vídeo e atribuído ao grupo integralista, fato que eles negam. Vamos dar prosseguimento na investigação para identificar os reais autores”, disse o delegado Marco Aurélio de Paula Ribeiro, responsável por investigar o caso.

Até o momento quatro veículos, dois carros e duas motos, foram identificados. Segundo a polícia, já se sabe as características físicas de quatro pessoas que participaram do ataque, mas os envolvidos ainda não foram identificados. A hipótese de participação de outras pessoas também não foi descartada.

O caso foi classificado como de extrema gravidade pelo subsecretário de planejamento operacional, Fábio Barucke. O grupo deve responder pelos crimes de explosão e tentativa de homicídio, uma vez que o vigilante do prédio que abriga a produtora estava no local e sofreu risco de ser atingido pelos coquetéis molotov arremessados no local. Segundo Burcke, só depois que a investigação estiver avançada será possível avaliar se o caso pode ser enquadrado como terrorismo.

O delegado informou ainda não saber se o crime teve e com o especial de natal do Porta dos Fundos na Netflix, que mostrou Jesus como homossexual e Maria como usuária de drogas. O ator João Vicente de Castro disse que o grupo não estava recebendo ameaças e classificou o crime como um ataque à liberdade de expressão. De acordo com a polícia, novas diligências estão sendo feitas para encontrar novas imagens que possam ajudar a solucionar o caso.


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