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    porto velho, quinta-feira 13 de fevereiro de 2025

Explosões matam pelo menos 103 pessoas perto do cemitério no Irã, segundo TV estatal

Iranianos realizavam cerimônia perto do cemitério onde está enterrado o general Qassem Soleimani


CNN

Publicada em: 03/01/2024 14:34:07 - Atualizado


MUNDO: Pelo menos 103 pessoas morreram na quarta-feira (03) e 141 ficaram feridas na cidade iraniana de Kerman, após duas explosões perto do cemitério onde está sepultado o comandante militar assassinado Qasem Soleimani, no que as autoridades chamaram de “ataque terrorista”, segundo a mídia estatal.

As explosões, pelo menos uma das quais foi causada por uma bomba, disse a TV estatal, ocorreram no quarto aniversário da morte de Soleimani num ataque aéreo dos Estados Unidos e ameaçam acelerar as tensões na região, que aumentaram desde o início da guerra entra Israel e o Hamas em Gaza.

A primeira explosão ocorreu a 700 metros do túmulo de Soleimani, e a segunda a um quilômetro de distância, enquanto os peregrinos visitavam o local, acrescentou a IRNA.

Soleimani foi morto por um ataque aéreo dos Estados Unidos ordenado pelo ex-presidente Donald Trump no Aeroporto Internacional de Bagdá, há quatro anos.

O IRINN, outro canal de televisão estatal, informou que a primeira explosão perto do túmulo de Soleimani foi causada por uma bomba colocada numa mala dentro de um carro Peugeot 405, e parecia ter sido detonada remotamente.

O ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, disse durante uma entrevista ao canal de notícias estatal iraniano IRIB que a primeira explosão aconteceu às 15h no horário local. Vahidi afirmou que a segunda explosão, mais mortal, ocorreu 20 minutos depois, quando outros peregrinos vieram ajudar os feridos.

Nenhum grupo assumiu ainda a responsabilidade pelas explosões.

Vídeos publicados na mídia estatal iraniana mostraram grandes multidões correndo na área após a explosão. As imagens também mostraram corpos ensanguentados sendo transportados e ambulâncias saindo do local em meio à multidão.

Anteriormente um dos homens mais poderosos do Irã, Soleimani era chefe da Força Quds dos Guardas Revolucionários, uma unidade de elite que gere as operações do Irã no exterior e foi considerada uma organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos.

O Pentágono afirma que Soleimani e as suas tropas foram “responsáveis ​​pela morte de centenas de militares americanos e da coligação e pelo ferimento de milhares de outros”.

Conhecido como o “comandante sombra” do Irã, Soleimani – que liderava a Força Quds desde 1998 – foi o cérebro das operações militares iranianas no Iraque e na Síria.


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