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porto velho, terça-feira 18 de fevereiro de 2025
MUNDO: O ex-presidente Donald Trump quer retirar da disputa sua última adversária republicana remanescente na corrida à Casa Branca de 2024, nesta terça-feira (23), com uma vitória retumbante no estado de New Hampshire, na primária que pode consolidar seu poder sobre o partido.
“A cada dia o Partido Republicano está se tornando cada vez mais unificado”, disse Trump a seus apoiadores na Lacônia (cidade de New Hampshire), na noite de segunda-feira (22), em seu último comício da campanha para as primárias no chamado “Granite State” (“Estado do Granito”, em tradução literal).
“Começamos com 13 (oponentes) e agora sobraram duas pessoas, e acho que provavelmente uma pessoa partirá amanhã”, acrescentou.
A campanha de Nikki Haley é o último obstáculo, salvo circunstâncias imprevistas, ao confronto das eleições gerais que as pesquisas mostram que a maioria dos americanos não quer – uma revanche do confronto de 2020 entre Trump e o presidente Joe Biden.
A ex-governadora da Carolina do Sul está resistindo fortemente à tentativa de Trump de encerrar a corrida nas primárias republicanas depois de apenas duas disputas estaduais por nomeações.
Antes desse dia crucial que poderá decidir se ela pode reivindicar a razão e o dinheiro para permanecer na corrida, Haley alertou que a América não faz “coroações”. E ela alerta que os esforços de Trump para tirá-la da disputa são antitéticos aos valores republicanos.
“A América não faz coroações. Acreditamos em escolhas. Acreditamos na democracia”, disse ela num evento em Franklin, New Hampshire, na segunda-feira.
O resultado dessas primárias terá enormes implicações na escolha que os americanos terão nas eleições gerais de Novembro.
Os eleitores votam após a vitória de Trump nas prévias de Iowa na semana passada, com mais de 50% dos votos.
A disputa agora é um confronto direto entre o ex-presidente e a ex-embaixadora americana nas Nações Unidas após a desistência do governador da Flórida, Ron DeSantis, no domingo.
Haley tem tentado explorar a gafe de Trump ao confundi-la com a ex-presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi, enquanto argumenta que nem seu rival republicano de 77 anos nem Biden de 81 anos têm aptidão mental para cumprir um segundo mandato.
Mas as tentativas de Haley de ganhar impulso foram testadas por Trump, que reuniu o apoio dos ex-candidatos republicanos DeSantis, do senador da Carolina do Sul Tim Scott, do governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, e do empresário Vivek Ramaswamy.
O último trio apareceu pessoalmente para fazer campanha com Trump na Lacônia na noite de segunda-feira. E Burgum e Scott aumentaram a pressão sobre Haley para sair da corrida.