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porto velho, terça-feira 25 de fevereiro de 2025
Dona de onze medalhas olímpicas e uma das ginastas mais vitoriosas da história, Simone Biles tem um passado de conflitos familiares. Filha de dependentes químicos, a norte-americana viveu idas e vindas em orfanatos em seus primeiros anos de vida e, aos 6, foi adotada pelo avô materno, Ronald, e sua esposa, Nellie, a quem chama de pai e mãe.
Anos depois, o contato da ginasta com os pais biológicos é zero. No entanto, Shannon Biles quer mudar isso. Em entrevista ao Daily Mail, a mãe da atleta contou que está em processo de recuperação do vício e abriu o jogo sobre a relação com a filha.
Atualmente, as duas vivem separadas por cerca de 1,8 mil quilômetros. Simone mora no Texas, enquanto a mãe vive em Columbus (Ohio). Diferentemente dos primeiros anos do rompimento, atualmente, Shannon retomou o contato com o pai e, por meio dele, recebe notícias da filha.
“O que ouço sobre Simone, ouço através do meu pai. Falo com meu pai o tempo todo. Estamos bem agora. Era apenas o aniversário dele, e liguei para desejar feliz aniversário. Se eu precisar saber de alguma coisa, ligo para meu pai. Pergunto a ele sobre Simone, e ele me mantém informada. Quando assinamos os papéis [de adoção], foi como se meu pai tivesse virado uma chave: sem comunicação, sem ligar e sem visitar. Foi assim no começo. Levei seis anos para ver meus filhos novamente. Eu estava respeitando meu pai para deixar as crianças fazerem a transição, ele sentiu que era a melhor coisa para elas”, contou ao jornal.
Além de Simone, ela também é mãe de Adria, Ashley e Tevin, os dois últimos criados por uma irmã de Ronald. Na época, a decisão foi tomada por conta do vício do qual, aos poucos, ainda tenta se livrar, conforme relatou.
“Foi difícil desistir dos meus filhos, mas fiz o que tinha que ser feito. Eu não conseguia cuidar deles. Eu ainda estava usando, e [meu pai] não queria que eu entrasse e saísse da vida deles quando eu não estivesse bem. Sou uma viciada em recuperação e sempre serei uma viciada. Mas há um caminho [para a recuperação]. Você tem que aprender a ficar longe de pessoas, lugares e coisas. Mude sua rotina e viva sua vida. Viva sua melhor vida”, explicou.