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porto velho, terça-feira 1 de abril de 2025
MUNDO: Um drone de vigilância da Marinha dos Estados Unidos tem realizado voos regulares no Golfo Pérsico, em uma área perto da região costeira do Irã.
O movimento da aeronave não tripulada, capaz de selecionar alvos para ataques militares, surge no momento de ameaças de Donald Trump contra o país liderado pelo aiatolá Ali Khamenei.
O drone MQ-4C Triton fez diversos movimentos circulares repetitivos próximo à região costeira de Bushehr. Segundo dados de GPS do site Flightradar24, o veículo aéreo não tripulado partiu em seguida para um voo contornando a costa do Irã, no sentindo sul.
Considerada um dos principais dos drones de vigilância, o MQ-4C Triton ainda é capaz de realizar outras missões, entre elas selecionar alvos e ataques marítimos.
A movimentação militar perto do país persa ocorre em meio à operação militar norte-americana contra os Houthis, no Iêmen. No último fim de semana, Trump ordenou um ataque “decisivo e poderoso” ao país do Oriente Médio, visando ao grupo rebelde que comanda parte do território iemenita.
Autoridades dos EUA chegaram a afirmar que diversos membros dos Houthis foram mortos na operação. Por sua vez, o Ministério da Saúde do Iêmen calcula 53 mortes, a maioria civis, incluindo crianças. Mais de 100 pessoas também ficaram feridas durante os bombardeios.
Trump ameaça Irã
Dois dias após os ataques, Trump acusou o Irã de estar por trás de operações dos Houthis nos mares Vermelho e Arábico, que começaram no início da guerra da Faixa de Gaza. Segundo o grupo, os ataques contra embarcações com bandeiras de aliados de Israel são em apoio ao povo da Palestina.
“Eles estão ditando cada movimento, dando-lhes as armas, fornecendo-lhes dinheiro e equipamento militar altamente sofisticado, e até mesmo a chamada ‘inteligência'”, ressaltou o presidente norte-americano em uma publicação no X.
Para Trump, o Irã será responsabilizado por qualquer ataque ou retaliação “adicional” dos Houthis e sofrerá consequências “terríveis”. Um dia antes do recado do líder estadunidense, o grupo iemenita reivindicou ter atacado o navio de guerra USS Harry Truman em resposta à operação militar dos EUA no Iêmen.