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    porto velho, sábado 18 de outubro de 2025

Quem é George Santos, condenado a 7 anos de prisão que foi libertado após perdão de Trump

Trump concede perdão a George Santos, ex-deputado americano e filho de brasileiros condenado a sete anos por fraude e roubo de identidade


TERRA

Publicada em: 18/10/2025 10:08:22 - Atualizado

MUNDO: O ex-deputado americano George Santos, filho de imigrantes brasileiros, foi libertado da prisão na madrugada deste sábado (18) após receber perdão presidencial de Donald Trump.

Santos cumpria, desde julho deste ano, pena de sete anos por fraude e falsidade ideológica em um presídio federal de Nova Jersey.

Trump anunciou o perdão na sexta-feira (17), afirmando que o ex-parlamentar havia sido "terrivelmente maltratado" durante o período de detenção.

"George Santos era um fora da lei, mas há muitos outros em nosso país que não cumprem sete anos de prisão. Acabo de assinar a comutação da pena, libertando-o imediatamente. Boa sorte, George, e tenha uma ótima vida!", escreveu o presidente americano em sua rede social.

O advogado de Santos, Joseph Murray, confirmou que o ex-deputado deixou a Instituição Correcional Federal de Fairton pouco antes da meia-noite, sendo recebido por familiares. À imprensa americana, ele classificou a medida de Trump como "a correção de uma grande injustiça" e exaltou o presidente como "o maior da história dos Estados Unidos".

Quem é George Santos
Santos foi eleito em 2022 pelo Partido Republicano para representar partes do Queens e de Long Island, em Nova York — um distrito tradicionalmente democrata. Sua vitória foi comemorada como um avanço republicano em território adversário.

Filho de uma faxineira e de um pintor de paredes que emigraram do Brasil, Santos construiu sua imagem como exemplo de superação e "sonho americano". Ele se apresentava como o primeiro congressista abertamente gay eleito pelo Partido Republicano sem ter escondido sua orientação sexual — algo que, à época, rendeu ampla cobertura positiva na imprensa.

Meses depois, porém, vieram à tona uma série de mentiras sobre sua trajetória.

O então parlamentar afirmava ter trabalhado em grandes bancos de investimento, possuir um patrimônio milionário e ter ascendência judaica — informações que se revelaram falsas.

Reportagens também mostraram que ele havia exagerado ou inventado detalhes sobre sua formação acadêmica, incluindo um suposto diploma universitário que nunca obteve, e mentido ao dizer que sua mãe havia sobrevivido aos atentados de 11 de setembro.

As investigações mostraram ainda que Santos cometeu fraude eletrônica e usou dados de pelo menos dez pessoas, inclusive familiares, para financiar sua campanha ao Congresso.

O escândalo levou à sua expulsão da Câmara dos Representantes em 2023 e, no ano seguinte, à condenação a sete anos de prisão e ao pagamento de cerca de US$ 580 mil em multas.


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