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porto velho, quarta-feira 11 de dezembro de 2024
A Venezuela acusou nesta sexta-feira(4) o Grupo de Lima de incentivar um golpe de estado com o apoio dos Estados Unidos da América, afirma a agência France Presse. O governo venezuelano já recusou uma proposta do grupo que propunha que Maduro desistisse de assumir um novo mandato no dia 10 de janeiro e transferisse o poder ao Parlamento do país.
Em comunicado lido pelo chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, a Venezuela expressou "sua maior perplexidade ante a extravagante declaração de um grupo de países do continente americano, que após receber instruções do governo dos Estados Unidos através de uma videoconferência, acordaram incentivar um golpe de estado".Em seu perfil do Twitter, Arreaza criticou o Grupo de Lima e chamou a proposta de 'humilhante subordinação' aos EUA.
"O que temos afirmado desde a criação deste grupo de governos unidos contra a Venezuela, e que em teoria não pertence ao governo dos EUA: se reunem para receber ordens de Donald Trump por intermédio de Mike Pompeo. Que demonstração de subordinação humilhante!", escreveu.
Grupo de Lima
O Grupo de Lima, que inclui o Brasil e outros 12 países (Peru, Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá e Paraguai), anunciou nesta sexta-feira(4), na capital do Peru, que não reconhecerá o governo venezuelano se Nicolás Maduro assumir o poder no dia 10 de janeiro. O único país que se recusou a assinar a declaração foi o México.
"Trouxemos para cá a proposta muito clara de acrescentar na declaração uma exortação ao Maduro para que ele não assuma o segundo mandato, que começaria em 10 de janeiro, porque, todo mundo conhece, este mandato não resulta de uma eleição legítima", disse o chanceler brasileiro Ernesto Araújo, que fez sua primeira viagem internacional no cargo.