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Covid-19 mata mais americanos em um único dia do que o 11 de Setembro

Na quarta-feira, EUA registraram mais de 3 mil mortes causadas pela doença, enquanto atentado de 19 anos atrás matou 2.977


O GLOBO

Publicada em: 10/12/2020 08:24:49 - Atualizado


MUNDO - Pela primeira vez desde o início da pandemia, os Estados Unidos registraram, na quarta-feira, mais de 3 mil mortes por Covid-19. Com recordes de internações e novos casos nas últimas semanas, o país lida com um novo agravamento da pandemia, que já matou um total de 289.529 americanos.

Segundo a contagem realizada pelo New York Times, foram 3.053 mortes nas últimas 24 horas — o recorde anterior, registrado na semana passada, era de 2.885. Apenas na quarta-feira, morreram mais americanos que em 11 de Setembro de 2001, o pior atentado terrorista já registrado em solo americano, quando 2.977 pessoas perderam suas vidas.

Os números das últimas semanas retratam um panorama mais grave que o da primeira onda. O pico de mortes, na ocasião, foi registrado em 7 de maio, quando a doença matou 2.752 pessoas, em sua maior parte nos estados de Nova York e Nova Jersey, que eram os epicentros globais da pandemia. Desta vez, a tendência de crescimento das internações indica que a situação está longe de se estabilizar.

Hospitais pelo país estão funcionando perto ou além de sua capacidade e, segundo dados divulgados pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos, cerca de um terço dos americanos moram em áreas onde os leitos de terapia intensiva estão em níveis críticos. Na semana passada, as internações atingiram um recorde de 106.688, mais do que em qualquer outro momento. Nos surtos anteriores, o número de pessoas hospitalizadas se aproximava de 60 mil, segundo os dados do Covid Tracking Project.

De momento, há 20.922 pessoas em leitos de terapia intensiva e 7.624 precisam de respiradores. Como as mortes e internações refletem os números de casos de, em média, duas semanas atrás, não há expectativa de melhora nos próximos dias. Ao todo, mais de 15 milhões de americanos já foram infectados, com 211.027 diagnósticos apenas na quarta-feira, um aumento aproximado de 10,4% em sete dias.


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