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    porto velho, terça-feira 24 de setembro de 2024

Jovem desaparecida é achada sem memória a mais de 800 km de casa

Adolescente de 16 anos foi localizada em Paris após deixar a cidade alemã onde vive. Ela ainda não consegue lembrar quem é


David Plassa

Publicada em: 22/04/2021 11:15:48 - Atualizado

MUNDO: Isabella O., 16, mora em Celle, na Alemanha. Em 22 de março, ela estava em casa com o irmão mais novo. Em 6 de abril, a jovem foi localizada em Paris, a mais de 800 km da cidade natal, após passar cerca de duas semanas desaparecida. O que aconteceu nesse período é uma incógnita. Hoje, ela nem mesmo lembra quem é.

Segundo o canal alemão RTL, quando sumiu de casa, Isabella não levou dinheiro, celular ou qualquer item que indicasse o paradeiro. A polícia de Celle trabalha com a informação de que ela chegou a Paris um dia depois. A família da jovem questiona porque as autoridades francesas demoraram tanto para entrar em contato, uma vez que as buscas já haviam começado.

No entanto, informações oficiais esclarecem que os agentes locais dispunham inicialmente de dados pessoais falsos da jovem andarilha, que impossibilitaram a conexão com Isabella. Quando reencontrou o pai, Thomas O., em Paris, ela não o reconheceu. Disse ter acordado de repente na França, sem saber onde estava ou como havia chegado lá. Procurou ajuda entre os transeuntes e policias, momentos nos quais já parecia não saber como se identificar.

Adolescente continua afastada da família

De acordo com a polícia de Celle, exames médicos realizados em Isabella não permitem concluir se ela foi vítima de algum possível crime. Mesmo assim, a jovem permanece internada para tratamento, onde é estimulada a recuperar a memória de si e as lembranças que tem da família. Ainda não é possível determinar se os detalhes do dia 22 de março virão à tona.

Os parentes da adolescente ainda não foram autorizados a vê-la. No entanto, eles mantêm constantes telefonemas com a equipe clínica, que decidiu não se pronunciar por meio da imprensa.

O pai da garota acredita que o estresse gerado pela pandemia do novo coronavírus e a ansiedade com as obrigações escolares possam ter culminado na perda de memória. Como se o cérebro tivesse assumido uma espécie de modo de proteção.

Mas, Thomas Duning, neurologista consultado pelo canal alemão, não acredita na hipótese do estresse como único gatilho para o apagão de Isabella. "Provavelmente há conflitos psicossociais que existiam antes", explica. Que, a partir daí, poderiam ter sido itensificados pelo contexto da pandemia.

Investigações quase concluídas

Birgit Insinger, porta-voz da polícia de Celle, informou que investigadores tentaram rastrear o trajeto da estudante até Paris, para determinar se algo alconteceu com ela no caminho ou se encontrou alguém durante a viagem. "Não conseguimos obter nenhum conhecimento a esse respeito", pontuou Insinger. "Pode parecer estranho, mas isso é tudo para nós agora."

Quanto a Thomas O., pai de Isabella, não há nenhum indício de que ele tenha contribuído para o estado atual da filha. Mesmo assim, a porta-voz garantiu que, caso Isabella se lembre de algo, o caso poderá ser reaberto.











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