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porto velho, segunda-feira 20 de janeiro de 2025
Os líderes das 20 principais economias do planeta, o G20, debatem neste domingo (31), em Roma, medidas para conter as mudanças climáticas. Segundo fontes ligadas à AFP, AP e Reuters, o grupo acordou em limitar o aquecimento global a 1,5ºC e encerrar financiamentos públicos a novas usinas a carvão.
A meta de limitar o aumento da temperatura neste século a níveis "muito abaixo de 2°C" foi acordada em 2015, no Acordo de Paris. Agora, os líderes do G20 retomam a meta, mas não afirmaram quando ela deverá ser alcançada. Segundo a AFP e AP, o acordo diz apenas "por volta da metade do século".
Por outro lado, apesar de algumas potências do G20 ainda serem dependentes do carvão para geração de energia - como China e Índia -, o grupo defendeu a suspensão dos subsídios a novos projetos de usinas a carvão no exterior já para este ano.
"Vamos encerrar a concessão de financiamento público internacional para novas usinas a carvão até o final de 2021", indica o texto negociado durante a cúpula do G20 obtido pela AFP.
Porém, o documento não definiu nenhuma meta para eliminar o uso do carvão para geração de energia no mercado interno.
"O G20 deve assumir um compromisso especial para interromper a construção de novas usinas a carvão a partir deste ano e acabar com o subsídio aos combustíveis fósseis a partir de 2025", afirmou Friederike Röder, vice-presidente da ONG Global Citizen.
"Não passam de medidas obscuras em vez de ações concretas", disse Röder.
Os países do G20, que inclui Brasil, China, Índia, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, são responsáveis por 80% das emissões em todo o planeta de gases de efeito estufa.
No Brasil, diferente das grandes potências, o grande vilão do clima não é a queima do carvão, mas o desmatamento e a pecuária.