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Embaixador diz que caso está sendo usado para "provocar reação contra o racismo"

André Luiz Azevedo Dos Santos visitou o Ministério das Relações Exteriores do país africano e deu declarações


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Publicada em: 05/02/2022 11:40:48 - Atualizado

A morte brutal de Moïse Mugenyi Kabagambe, linchado por pelo menos três homens — todos presos — em um quiosque na Barra da Tijuca, também repercute na República Democrática do Congo, país natal do jovem de 24 anos. Na última quinta-feira, André Luiz Azevedo Dos Santos, embaixador brasileiro na nação africana, visitou o Ministério das Relações Exteriores congolês e se reuniu com autoridades do país. Após o encontro, declarações de Azevedo dos Santos sobre o caso foram reproduzidas na imprensa local:

"Infelizmente, nós temos no Brasil uma situação de violência muito grave. Eu penso que essa tragédia é utilizada um pouco para provocar uma reação da sociedade brasileira, uma reação mais forte contra a violência", afirmou o embaixador, em francês, um dos idiomas oficiais do Congo.

A reportagem do portal " Politico.CD " — que anuncia a cobertura das "atualidades da República Democrática do Congo em tempo real" — sobre a visita de Azevedo dos Santos ao ministério destaca vários pontos do caso. "A família do jovem disse que o espancamento ocorreu depois que Moïse Kabagembe insistiu de seu empregador receber um pagamento atrasado, tendo trabalhado dois dias no bar, na cidade litorânea do Rio de Janeiro", explica o texto.

Mais à frente, a matéria frisa que o congolês foi morto no "bairro nobre da Barra da Tijuca" e que os agressores utilizaram até mesmo um taco de beisebol, além do fato de que ele teve pés e mãos amarrados. "Um deles sentou-se sobre a cabeça da vítima por vários minutos e, ao perceber que ela não estava mais lutando, moveu-se para tentar ressuscitá-lo em vão", avança o site de notícias.

Em uma reportagem anterior sobre o caso, mais detalhada, o portal havia citado a comoção no Brasil gerada pelo linchamento de Moïse. No texto, foi feita até uma menção a uma postagem de Caeteano Veloso no Twitter . "Perante à situação, nas redes sociais muitas personalidades condenaram o crime. Uma delas foi o cantor brasileiro Caetano Veloso, que declarou: 'Chorei hoje ao ler a história do assassinato de Moïse Mujenyi Kabagambe. O fato de o quiosque se chamar Tropicália só acentua minha dor'".


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