• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, sexta-feira 24 de janeiro de 2025

'Brasil parece estar do outro lado', diz porta-voz da Casa Branca sobre viagem de Bolsonaro

Na véspera, porta-voz do Departamento de Estado americano afirmou que o Brasil 'parece ignorar a agressão armada'


g1

Publicada em: 18/02/2022 17:31:40 - Atualizado

MUNDO: A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse nesta sexta-feira (18) que o Brasil "parece estar do outro lado de onde está a maioria da comunidade global", ao comentar a viagem do presidente Jair Bolsonaro à Rússia mais cedo nesta semana.

Na véspera, um porta-voz do Departamento de Estado americano disse que o momento da visita do brasileiro ao presidente Vladimir Putin "não poderia ser pior".

"Não discuti [...] diretamente com o presidente", disse Psaki. "Mas eu diria que a vasta maioria da comunidade global está unida em uma visão compartilhada, de que invadir um outro país, tentar tirar parte do seu território, e aterrorizar a população, certamente não está alinhado com valores globais e, então, acho que o Brasil parece estar do outro lado de onde está a maioria da comunidade global."

Os EUA criticaram nesta quinta-feira (17) o momento e o conteúdo do encontro do presidente Jair Bolsonaro com o presidente russo Vladimir Putin.

"Vemos uma narrativa falsa de que nosso engajamento com o Brasil em relação à RússiaEstados UnidosRússia. Esse não é o caso. A questão é que o Brasil, como um país importante, parece ignorar a agressão armada por uma grande potência contra um vizinho menor, uma postura inconsistente com sua ênfase histórica na paz e na diplomacia", disse um porta- voz do Departamento de Estado à TV Globo.

O governo americano também se mostrou irritado com a declaração de solidariedade do presidente Jair Bolsonaro à Rússia.

“O momento em que o presidente do Brasil se solidarizou com a Rússia, enquanto as forças russas estão se preparando para potencialmente lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ter sido pior. Isso mina a diplomacia internacional destinada a evitar um desastre estratégico e humanitário, bem como os próprios apelos do Brasil por uma solução pacífica para a crise", afirmou o porta-voz.


Fale conosco