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porto velho, sexta-feira 31 de janeiro de 2025
MUNDO-O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, recebeu seu homólogo japonês, Fumio Kishida, em Roma, nesta quarta-feira (4) e agradeceu o envio de gás natural para o país como forma de diminuir a dependência da Rússia em meio à guerra com a Ucrânia.
"Os nossos países são aliados também na gestão das emergências ligadas à guerra, primeira de todas, a questão energética.
Agradeço ao Japão por ter aceitado com extraordinária rapidez que carregamentos de gás natural liquefeito já pré-contratados por países terceiros fossem redirecionados para a Europa", disse Draghi em coletiva.
Assim que a guerra eclodiu, ainda em fevereiro deste ano, o governo japonês foi um dos primeiros parceiros internacionais que começou a enviar gás para os países da União Europeia, em contratos que devem ser ampliados.
Ainda durante o encontro, o premiê italiano falou sobre o novo lançamento de um míssil feito pela Coreia do Norte nesta quarta-feira e disse que "todos devem continuar unidos e resolutos na defesa da ordem internacional baseada em regras" e que está "preocupado" com a segurança da região.
A visita à Itália ocorreu no mesmo dia em que a Rússia anunciou a proibição de entrada no país de Kishida e de outros 62 cidadãos japoneses, conforme informaram as agências Tass e Interfax. Entre os demais punidos pelas sanções, que são uma resposta a uma decisão semelhante de Tóquio, estão ainda o chanceler Yoshimasa Hayashi e o ministro da Defesa, Nobuo Kishi.
Encontro com Papa - Antes de se reunir com Draghi, Kishida foi ao encontro do papa Francisco no Vaticano, em conversa que durou cerca de 25 minutos.
Segundo o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, entre os temas debatidos estavam problemas globais bem como houve "um debate sobre as armas nucleares e de que como não é concebível o uso e a posse" desse tipo de armamento nos dias atuais.
O tema sempre é lembrado por Francisco quando menciona o Japão, alvo de duas bombas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial.
Durante sua visita ao memorial da paz de Hiroshima, em 2019, o líder católico lembrava do "crime" que é usar a energia atômica para criar armamentos. .